Porto de Aratu, na Bahia, é interditado por falta de condições de segurança

Na última quarta-feira (21), no período da tarde, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Bahia (SRTE-BA) interditou o Porto de Aratu-Candeias por não apresentar segurança para os trabalhadores e trabalhadoras que operam em suas áreas. Para tanto, foi solicitada a solução dos problemas nos Terminais de Granéis Sólidos (TGS) dos píeres I e II. O que representa, seguramente, mais de 90% das operações paradas no porto citado, pois a operação ficou restrita aos navios que possuam equipamento próprio para carga e descarga.

Até que os problemas apontados pela SRTE-BA não sejam resolvidos, fica proibida a utilização dos equipamentos pertencentes à Codeba. Dentre as irregularidades apontadas estão a má conservação dos aparelhos e das áreas de carga e descarga e o seu mau funcionamento. A relação dos problemas e das medidas a serem adotadas foi entregue a Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba), Autoridade Portuária proprietária da área e responsável pelas providencias necessárias.

Caso fossem tomadas providencias preventivas, a interdição não seria necessária. O assunto segurança vem sendo debatido, exaustivamente, no Conselho de Autoridade Portuária (CAP), que tem suas reuniões mensais. O CAP é formado por quatro blocos: Bloco I – Governo Federal, Governo Estadual e Governo Municipal; Bloco II – operadores portuários e armadores (donos de navios); Bloco III – trabalhadores; Bloco IV – usuários do porto. Conclusão, o problema foi previsto e deveria ser evitado.

A segurança no trabalho é primordial em qualquer ambiente laboral, ainda mais no porto onde os acidente, em 95% dos casos, causam sérios danos à saúde e até a perda de vida dos (as) trabalhadores (as).

O problema criado afeta não só a economia do Estado, mas também a do país.  Em situação normal, o movimento no porto de Aratu-Candeias já é grande, com filas de navios à espera de atracação, pois o citado porto é o maior do Brasil na movimentação de granéis sólidos, líquidos e gasosos.  Por ele são movimentados produtos dos mais variados tipos, desde minérios até produtos químicos já industrializados.

Sofrerão também os trabalhadores avulsos, pois estes ficarão, enquanto durar a interdição, sem seu mercado de trabalho pleno, tendo reduzido os seus respectivos salários.

Quando o governo perceber que porto é sinônimo de economia saudável, quem sabe a situação melhore. Até lá, a comunidade portuária continua sofrendo com ingerências políticas nas Cias. Docas brasileiras de forma continuada. Pessoas “caindo de paraquedas” em cargos de direção e chefia, e em quase 100% dos casos, com nenhum conhecimento da atividade portuária.

Situações como a do porto de Aratu-Candeias mostra a urgente necessidade de se profissionalizar, não só os/as trabalhadores (as) comuns, como também os ocupantes dos cargos de mando. Seria muito mais econômico para os cofres do país que se privilegiasse os quadros de profissionais de carreira das Cias. Docas do Brasil.

Fonte: Suport BA

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