Contra demissão de professores, sindicatos paralisam aulas na França

Os sindicatos franceses de educação pública e privada protagonizaram nesta terça-feira (27) uma greve geral em todo o país para protestar pela redução de empregos no setor. Paralelamente à greve, os ministros de Trabalho de países do G20 terão uma reunião de dois dias nesta capital na procura de mecanismos de reforço para a proteção social e o direito ao emprego.

Os sindicatos baseiam seu protesto nos números da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), segundo os quais a França é um dos países com mais alunos por professor: 24,5 de média no ensino médio, acima dos 23,7 do registrados na organização. Os professores de centros privados se queixam de que com a situação atual não há a possibilidade de substituir um professor quando este se encontra ausente e que em muitas ocasiões é preciso suspender as aulas, em particular em áreas rurais.

O líder de uma das principais associações de pais de alunos, a FCPE, Jean-Jacques Hazan, ressaltou que já é possível observar os efeitos das 52 mil supressões produzidas desde o início do mandato do presidente francês, Nicolas Sarkozy. Segundo o governo, quando entre 1980 e 1995 aconteceu um aumento do número de professores no país não houve paralelamente uma melhora dos resultados dos alunos, que são relativamente baixos de acordo com o diagnóstico da OCDE.

Para o ano 2011-2012, está prevista a diminuição de outras 16 mil praças ao não substituir uma da cada duas pessoas afastadas pela aposentadoria, após eliminar mais de 50 mil desde 2007.

Além disso, no orçamento de 2012, que se discutirá no Conselho de Ministros, se proporá o desaparecimento de 14 mil postos mais.

Os grêmios perguntam-se como o governo garantirá o sucesso dos alunos em todos os níveis e elevará seu nível de qualificação com menos educadores e mais estudantes.

O sindicato SNES-FSU explicou que neste ano entrarão aos ensinos fundamental e médio 79 mil 536 estudantes, enquanto que será reduzido em 4.800 o número de professores.

Com informações da Agência Prensa Latina

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.