Grécia decide reduzir em 17% o salário dos trabalhadores

O governo de Atenas aprovou nesta quinta-feira (29) uma uniformização dos salários da função pública, que significa uma redução de até 25% do ordenado de 17 em cada 100 trabalhadores. Responsáveis da troika estão agora no país, e para amanhã está marcado um encontro entre o primeiro-ministro grego e Sarkozy.

O ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, anunciou hoje uma nova escala salarial, que colocará um ponto final nas diferenças de remuneração entre os diferentes ministérios, organismos e empresas públicas, de acordo com a agência Efe.

A medida deverá afectar entre 15 e 17% dos 900 mil funcionários públicos do país, que poderão ver o seu ordenado reduzido em até 25%.

Uma decisão que o governo de Atenas justifica com a necessidade de nivelar os ordenados, e fazer com que pessoas nas mesmas funções ganhem o mesmo.

A solução apresentada pelo governo despertou de imediato o descontentamento dos trabalhadores, que chegaram a bloquear a entrada de alguns ministérios durante a tarde.

O anúncio chegou no dia da primeira reunião de Venizelos com os responsáveis da troika, que aterraram em Atenas na noite passada. O encontro terá acontecido num “clima positivo e criativo”, que serviu de base para a revisão das medidas de austeridade já anunciadas pelo executivo de Atenas, de acordo com fonte oficial do Ministério das Finanças grego, citada pela Bloomberg.

Entre elas conta-se uma redução de 30% no número de funcionários públicos, o que significa a extinção de cerca de 300 mil funcionários até 2015. A mesma fonte oficial garantiu ainda que este foi apenas o primeiro de vários encontros entre os responsáveis da missão internacional e o ministro das finanças grego, e outros membros do governo de Atenas. Também o primeiro-ministro, Papandreou, tem encontro marcado com Sarkozy em Paris, amanhã à tarde.

Da avaliação final da troika dependerá a entrega à Grécia de 8 mil milhões de euros, a sexta tranche do resgate aprovado em 2010, uma decisão que se espera tomada a 13 de Outubro, numa reunião extraordinária do Eurogrupo.

Fonte: Jornal de Negócios

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