Cresce adesão à greve nacional dos bancários

A greve nacional dos bancários, que começou no último dia 27, terminou a semana, na última sexta-feira (30), com uma crescente adesão em diversos estados.

Em Sergipe, a adesão foi de 75%. Foram fechadas 136 unidades no Estado, um crescimento de 15% em relação ao primeiro dia de greve. Nacionalmente, no 4º dia de paralisações, a categoria parou 7.865 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 25 Estados e no Distrito Federal.

No Ceará cresce a adesão dos bancários à greve com o fechamento de 306 agências nesta sexta-feira (30), das 447 unidades no Estado. O movimento ganhou mais força com as manifestações realizadas pelo Sindicato dos Bancários do Ceará em várias agências, na “Cachorrada dos Banqueiros”. As manifestações aconteceram nas agências Caixa da Parangaba, Itaú da Gomes de Matos e Bradesco da Bezerra de Menezes.

Ao som de uma banda de música, foram distribuídos mil cachorros-quentes por agência. A atividade foi uma simbologia da luta da categoria contra a política intransigente dos bancos e uma forma de pedir o apoio popular.

Em São Paulo, a categoria realizou uma grande passeata unitária com os trabalhadores dos Correios, que levou cerca de 8 mil trabalhadores às ruas por melhores condições de trabalho e salários decentes.

Na Bahia já são 605 agências públicas e privadas fechadas. Aumento de 75% em relação a terça-feira, primeiro dia do movimento, quando 370 unidades bancárias ficaram sem funcionar. Os números da base da Federação Bahia e Sergipe são ainda mais impressionantes. No total, 740 estão fechadas.  

Em Salvador, das 275 agências, 178 estão sem prestar atendimento. No interior, a paralisação atinge 427 unidades. A grande adesão já faz da greve de 2011 uma das maiores dos últimos anos.

Os dados comprovam. Em 2010, os bancários fecharam pouco mais de 300 agências no quarto dia de paralisação. Número que dobrou neste ano. A tendência, no entanto, é que o movimento ganhe ainda mais força na próxima semana com a adesão de outros municípios e o fechamento de mais unidades em Salvador.

De acordo com o presidente do Sindicato da Bahia, Euclides Fagundes, enquanto a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) mantiver a intransigência, a paralisação segue com toda força. “O Comando Nacional está à disposição para dialogar e construir um acordo com avanços sociais e econômicos, mas os banqueiros não querem. Portanto, vamos continuar firmes para fazer da paralisação a maior da história, se necessário”.

O Comando Nacional dos Bancários, se reúne nesta segunda-feira (03), às 15h, em São Paulo, para avaliar e ampliar a greve nesta semana, diante do silêncio da Fenaban em retomar as negociações e apresentar uma proposta decente para a categoria. A categoria entrou em greve após rejeitar a proposta de reajuste salarial de 8%, que representa apenas 0,56% de aumento real.

Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (5% de aumento real mais a inflação do período), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades e melhoria do atendimento aos clientes.

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