Estudantes colombianos decidem entrar em greve contra a reforma educacional

Os estudantes das universidades públicas colombianas iniciam, nesta terça-feira  (4), uma greve em rejeição à reforma da Educação Superior apresentada pelo Governo perante a Câmara de representantes para aprovação.

De acordo com Jairo Rivera, porta-voz da Federação Nacional Estudantil e da Mesa Ampliada Estatal, as universidades iniciarão uma paralisação nesta terça-feira (4) até que todas as unidades entrem em greve no próximo 12 de outubro.

Por sua vez, os estudantes programaram uma consulta em todas as universidades, tanto públicas como privadas do país para os próximos 5, 6 e 7 de outubro, com o objetivo de estabelecer a opinião geral sobre a iniciativa e a possibilidade de apresentar uma alternativa.

Na segunda (3), o Governo apresentou a polêmica reforma, que amplamente recusada pela comunidade universitária.

A diligência ficou a cargo da ministra de Educação, María Fernanda Campo, para quem sua iniciativa — em que pese às críticas dos estudantes— pretende “melhorar a qualidade da educação” em todos os níveis.

Campo sublinhou que do polêmico projeto se eliminou totalmente um capítulo sobre o investimento privado, isto é, a criação de instituições de Educação Superior com fins de lucro.

“Não haverá privatização, não haverá mercantilização da educação como em algum momento foi dito. A única coisa que será permitida é a melhoraria da educação e a melhoria do acesso para que os jovens possam continuar seu processo de formação”, assegurou.

No entanto, a comunidade estudantil universitária acredita que será tudo ao contrário, por considerar que a reforma, em seu conjunto, tem uma perceptível tendência para a privatização do ensino público.

A tal reforma originou, em dias recentes, multitudinários protestos em diferentes pontos do país, que foram fortemente reprimidos pela polícia.

Fonte: Agência Prensa Latina

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