Faxineiros e seguranças de Wall Street fazem passeata por melhores salários

Centenas de seguranças e faxineiros de escritórios financeiros participaram nesta quarta-feira (12) de uma passeata perto de Wall Street, exigindo melhores condições de emprego e protestando contra a desigualdade econômica, enquanto um grupo menor se concentrou diante do prédio do JPMorgan Chase.

As passeatas são parte do crescente movimento intitulado Ocupe Wall Street, iniciado há quase um mês, e que repercute em outros lugares. Nesta quinta-feira, cerca de 90 campi universitários devem realizar atos de solidariedade aos manifestantes de Nova York. Mais de 1.400 cidades do mundo já tiveram protestos “irmãos”.

Os participantes do Ocupe Wall Street estão acampados desde o dia 17 em um parque próximo ao coração financeiro de Nova York, protestando contra os bilionários resgates a bancos durante a recessão, o que lhes permitiu recuperar seus lucros bilionários, enquanto os norte-americanos médios continuam enfrentando desemprego elevado e insegurança de trabalho.

Os participantes também se queixam de que os 1% mais ricos da população dos EUA pagam impostos proporcionalmente baixos demais. Mais de 750 faxineiros, seguranças e outros funcionários de edifícios participaram do protesto de quarta-feira. A manifestação diante do JPMorgan atraiu cerca de cem pessoas, segundo a polícia, e quatro participantes foram detidos.

O prédio do JPMorgan foi protegido com barricadas, e policiais ficaram de prontidão. O Sindicato Internacional dos Empregados dos Serviços, que organizou a manifestação de seguranças e faxineiros, disse que os contatos de dezenas de milhares de trabalhadores estão prestes a expirar.

“Estamos aqui porque não há empregos, e estamos prestes a perder os nossos empregos. Estamos cansados e estamos fartos, e precisamos que essa gente aqui nos ouça”, disse a vigilante Carla Thomas, 47 anos, gesticulando na direção de Wall Street.

Numa manifestação em San Francisco, 11 pessoas foram detidas na quarta-feira em meio a um protesto com cerca de 200 participantes em frente à sede do banco Wells Fargo. Os manifestantes bloquearam o acesso ao prédio e colaram cartazes como o que dizia: “Meu banco foi para a terra dos resgates, e tudo o que eu ganhei foi uma recessão sem-vergonha”.

Com agências

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