Greve da PM: Na BA, paralisação é encerrada; no RJ, assembleia decide rumos do movimento

Caminha para um acordo a greve dos policiais militares do Rio de Janeiro, assim como aconteceu na Bahia no último sábado (11), quando em assembleia os trabalhadores decidiram pelo fim da paralisação que durou 12 dias.

Os policiais militares da Bahia saíram da greve com a garantia de um reajuste de 6,5% (extensivo a todo o funcionalismo público), anistia administrativa para os grevistas e o pagamento da Gratificação por Atividade Policial (GAP) IV até abril do ano que vem; e da GAP V até 2015. Uma das reivindicações dos grevistas, a revogação da prisão dos líderes do movimento, não foi aceita pelo governador Jaques Wagner.

Os policiais disseram que continuam insatisfeitos com a proposta do governo do Estado. “Mas voltaremos ao trabalho pela sociedade”, assinalou o líder da greve Ivan Leite, lotado na 14ª CIPM, em Lobato, subúrbio de Salvador.

Já no Rio de Janeiro, policiais e bombeiros decidem em assembleia, a partir das 18h desta segunda-feira, o fim do movimento paredista. A paralisação foi decidida na noite de quinta (9), quando as três corporações rejeitaram o reajuste aprovado pela Alerj (Assembleia Legislativa do Estado). Na tarde de domingo (12), centenas de manifestantes participaram de um protesto, em Copacabana (zona sul), contra prisões de policiais e bombeiros que aderiram a greve.

No final de semana, o governo do Estado aumentou a pressão sobre os grevistas. O comando do Corpo de Bombeiros anunciou que foi decretada a prisão de 11 líderes do movimento, sob as acusações de motim e incitação a ato ilegal. Desses, 8 foram presos e levados para o presídio de Bangu 1 (zona oeste), onde também está o cabo dos bombeiros Benevenuto Daciolo, detido na quarta-feira (8), quando voltava de Salvador.

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Além disso, 162 bombeiros foram postos em prisão administrativa e responderão a processos disciplinares –incluindo 123 indiciados na sexta-feira e 39 guarda-vidas que faltaram ao serviço no GMar (Grupamento Marítimo) da Barra da Tijuca (zona oeste). As três categorias rejeitaram um aumento aprovado na sexta (10) que eleva de R$ 1.277 para 1.969 o salário-base de PMs e bombeiros. Elas reivindicam um piso unificado de R$ 3.500.

No dia 8 de fevereiro, segundo a polícia, o Sinpol protocolou documento na Secretaria de Segurança e no Palácio Guanabara para que o governo cumpra a Constituição Estadual no que se refere a jornada de trabalho de 40h semanais e ao pagamento do auxílio transporte de R$ 350 mensais.

Na última sexta-feira, primeiro dia da greve, o governador Sérgio Cabral anunciou, através de aditamentos às mensagens aprovadas na Alerj, que o Estado pagaria um vale transporte de R$ 100 por mês a todos policiais civis, militares e bombeiros, além do pagamento de horas excedentes, mediante remuneração adicional.

Os trabalhadores consideram insuficiente o auxílio transporte de R$ 100, mas o pagamento das horas excedentes acima de 160 horas mensais já é um avanço, atendendo antiga reivindicação dos policiais civis.

Portal CTB com agências

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