Greve dos professores municipais de SP se estende até quarta-feira

Em assembleia realizada na tarde da última quarta-feira (28), milhares de profissionais de educação da rede municipal de ensino de São Paulo, decidiram entrar em greve partir desta segunda-feira (02).

A decisão da greve veio depois de a prefeitura não atender a reivindicação da categoria, entregue no dia 29 de fevereiro. Segundo o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Sinpeem), o governo alegou que os estudos de impacto econômico e os que envolvem implicações jurídicas não foram concluídos e que, portanto, ainda não tem resposta às reivindicações da categoria, marcando uma nova rodada de negociação para a próxima semana.

Entre as reinvindicações, estão a elevação dos pisos profissionais (através de reajustes lineares sobre os padrões de vencimentos), melhoria da estrutura das escolas e das condições de trabalho, alteração da lei salarial, que vincula 40% das receitas correntes da prefeitura com despesas de pessoal, integração do agente de apoio ao Quadro dos Profissionais de Educação, o fim dos descontos de licenças médicas e licenças médicas por: acidente de trabalho, licenças gestante, paternidade e adoção e a transformação do agente escolar em auxiliar técnico da educação.

De acordo Terezinha Chippin, dirigente da CTB e diretora de base do Sinpeem, os professores estão fazendo um mutirão com visitas às escolas de todo município para mobilizar ainda mais a categoria, que só no primeiro dia aderiu em média em 60% à paralisação. “A expectativa é que até quarta-feira, a greve alcance 80% da adesão da categoria”, revelou a dirigente.

“Agora vamos aguardar a terceira rodada de negociação, que acontece na próxima quarta-feira. Esperamos que até lá o governo e a secretaria atenda à pauta de reivindicações da categoria,que contém itens importnates do Protocolo de Negociação assinado em 2011, como a regulamentação da aposentadoria especial do magistério para os readaptados, regulamentação da Gratificação por Local de Trabalho, transformação do agente de apoio em agente escolar e sua integração ao QPE, criação do cargo de assistente de direção para os CEIs e redução da jornada de trabalho para o quadro de apoio sem redução de salários”, destacou Terezinha Chiappin.

sinpeem

Outro ponto destacado pelo Sinpeem diz respeito à derrota da Prefeitura no Tribunal de Justiça, ocorrida na última segunda-feira (26), que determinou o funcionamento ininterrupto das unidades de educação infantil. Para os sindicalistas esse fator é extremamente prejudicial para profissionais, famílias e crianças, já que desde 2008, a SME mantém unidades polos funcionando no mês de janeiro, com comprovada baixa de procura. O governo garantiu que recorrerá da decisão no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça.

De acordo com o sindicato, a paralisação deve continuar até quarta-feira (04), quando os profissionais voltam a se reunir na região central da cidade, a partir das 14h.

Portal CTB com agências

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