Servidores de Boa Vista (RR) apresentam denúncia contra prefeitura

O Sindicato dos Servidores Municipais de Boa Vista (Sitram) formalizou denúncia na última quinta-feira (30), ao Ministério Público do Estado de Roraima (MPE) contra a administração Municipal, que estaria colocando em salas de aula servidores sem formação específica na área de educação, para substituir os professores em greve. A entidade também buscou apoio do órgão para que ajudasse num diálogo entre sindicalistas e prefeitura.

Uma lista com os nomes das escolas da rede municipal onde funcionários sem capacitação estão exercendo a profissão de professor foi entregue ao MPE, que deve insvetigar o caso. Os servidores foram recebidos pelo promotor de justiça Isaias Montanari e pela procuradora-geral do Estado em exercício, Elba Christine Amarante de Moraes.

A presidente do Sitram, Sueli Cardoso (foto), afirmou que a ida ao Ministério Público Estadual, além da formalização da denúncia contra a prefeitura, foi pedir que órgão fizesse a intermediação entre o sindicato e o prefeito Iradilson Sampaio para que este abra mesa de negociação e chegue a um acordo com os grevistas.   

“Estamos buscando meios para um diálogo, mas o prefeito está levando a situação para o lado pessoal e não quer nos receber, mas a procuradora-geral comprometeu-se conversar com o prefeito para que aceite em receber a diretoria do Sitram e assim chegarmos a um acordo amigável. Enquanto isso a greve continua”, disse a presidente.

Nesta segunda-feira (2), às 9h30, os servidores vão até ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ/RR) cobrar o julgamento da ação civil pública movida pelo Ministério Público de Roraima que determina o afastamento dos servidores temporários da prefeitura de Boa Vista e a realização de concurso público.

A greve dos servidores municipais completou seis dias no último sábado (31), sem nenhuma negociação com o Executivo Municipal, pois o prefeito ainda não recebeu os representantes do Sitram para um acordo. Mais de 500 servidores das áreas da saúde e educação aderiram à greve, que teve início na segunda-feira, 26.

Sitram batalha pela aprovação, na Câmara de Vereadores, do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) com aumento salarial dos servidores, mas a Prefeitura ainda não enviou o projeto para apreciação naquela.

Outra reivindicação dos trabalhadores é a criação da GID (Gratificação de Incentivo à Docência) para os professores em salas de aula, além do aumento do abono salarial de R$ 180,00 para R$ 300,00, caso a prefeitura não mande o PCCR para a Câmara Municipal. Atualmente, a perda salarial dos servidores é estimada em 160% em relação ao salário mínimo vigente (R$ 622,00).

Fonte: Sitram

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