CTB-RJ organiza ato em solidariedade ao presidente paraguaio

Trabalhadores e trabalhadoras dos sindicatos dos metalúrgicos e dos correios da CTB–RJ organizaram, ao lado de representantes do PCdoB, um ato na tarde desta sexta-feira (21), em solidariedade ao presidente paraguaio Fernando Lugo, em frente ao Consulado do Paraguai, no Rio de Janeiro.

 

Cerca de 100 manifestantes expuseram bandeiras em prol da democracia e apoio aos trabalhadores paraguaios. “A importância da democracia para os trabalhadores paraguaios nos motiva. Nós compreendemos que precisamos prestar total solidariedade ao povo paraguaio para que a plena democracia e vontade do povo sejam respeitadas”, afirmou Mauricio Ramos, presidente da CTB-RJ.

Entenda mais sobre o caso

Na última sexta-feira (15) um confronto entre policias e trabalhadores rurais sem terra durante uma tentativa de reintegração de uma fazenda invadida em Curuguaty, deixou um saldo de seis policiais e onze camponeses mortos, próximo à fronteira com o Brasil.

Centenas de policiais chegaram ao local em veículos e helicópteros, com um mandado da Justiça determinado a retirada dos camponeses do terreno.

O confronto armado ocorreu em uma região de selva que foi cercada pela polícia, segundo o Ministério do Interior.

O presidente Fernando Lugo lamentou as mortes em um pronunciamento na residência presidencial de Mburuvicha Roga, na capital do país.

“Manifesto meu firme apoio às forças de ordem e me solidarizo com as famílias das vítimas fatais que entregaram suas vidas durante o cumprimento de uma missão”, disse o presidente.

A crise política no Paraguai se instalou na última quinta-feira (21), quando a oposição liderada pelo conservador Partido Colorado conseguiu o apoio da segunda força política no país, o Partido Liberal, que integrava o governo. As duas legendas decidiram então mover o processo de “julgamento político” para depor Lugo. O presidente, a princípio, disse que enfrentaria o processo e “todas as suas consequências”, mas desistiu de comparecer ao Senado após saber que teria de depor no dia seguinte.

De acordo com um de seus advogados, “não foi apresentada uma única prova contra o presidente Lugo”, nem foi mencionada na peça de acusação nenhum dispositivo legal que teria sido violado, apenas expressões “genéricas e subjetivas”, como “mau desempenho”, “falta de caráter” e “absoluta inépcia para conduzir o governo”.

De acordo com o cronograma aprovado na quinta-feira (21) pelo Senado, e questionado por García, o tribunal deve resolver sobre a admissão ou rejeição das provas apresentadas pelas partes às 14h30 locais (15h30 de Brasília) e as alegações orais serão apresentadas às 15h30 (16h30 de Brasília). Às 16h30 (17h30 de Brasília), os senadores emitirão sua sentença inapelável.

Leia também: CTB se manifesta total solidariedade ao presidente Paraguaio

Portal CTB,  com agências

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