O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Rio de Janeiro (Sintect-RJ) promoveu, no dia 1º de setembro, mais uma reunião dos representantes sindicais para continuar o debate sobre a campanha salarial. O encontro também serviu para reforçar a mobilização da categoria para a próxima assembleia da próxima terça-feira (04).
O secretário-geral do sindicato, Ronaldo Martins, que representa a entidade na mesa de negociação junto com os Sindicatos Unificados, destacou as últimas ações em Brasília e reafirmou que caso a empresa não apresente uma nova proposta, no dia 11 os Correios vão parar. Disse ainda que esta semana será de grande importância, pois ocorrerão reuniões com o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o presidente da ECT, Wagner Pinheiro.
Mais uma vez foi destacada a legitimidade dos Sindicatos Unificados em sentar à mesa de negociação com a empresa, como determina a Constituição Federal. Os representantes sindicais repudiaram a prática de convocação de assembleias paralelas, sem qualquer legalidade jurídica ou política.
Foi aprovado também que o Sindicato participe com outras forças políticas e centrais sindicais de uma reunião para preparar uma grande mobilização da categoria.
O Sindicato também fará uma carta aberta à população descrevendo todos os problemas que os trabalhadores dos Correios passam na sua jornada de trabalho, para esclarecer à sociedade que a luta da categoria não é apenas por questão salarial.
O encontro aprovou várias notas e propostas de luta:
– A questão dos reabilitados: que a empresa legalize as funções ou cargos nesta campanha salarial.
– Denunciar no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e na OIT (Organização Internacional do Trabalho) a ausência de ambulâncias 24 horas nos CTCs.
– Promover a mobilização padrão com parada para hora do almoço, velocidade de acordo com a via e não com a demanda do serviço (para os motorizados). Trabalhar sem preocupações com o SAP, PPP ou metas neoliberais.
– Lutar pelo aumento de quebra de caixa para os atendentes.
– Aumento do valor da portaria para os motorizados, uma vez que é atividade de risco.
– Repudiar a prática da empresa de trabalho aos sábados no sistema proporcional, pois isto provoca a não isonomia salarial, uma vez que isso incorre no não pagamento de benefícios de forma integral para todos.
– Também foi aprovado repúdio a alguns gestores pela má conduta na relação de trabalho. As notas serão publicadas no próximo jornal do Sindicato.
Fonte: Sintect RJ
