Poesia celebra a luta da Mulher Indígena

Nesta quarta-feira (05) de setembro celebra-se o Dia Internacional da Mulher Indígena, instituído em 1983 durante o II Encontro de Organizações e Movimentos da América, em Tihuanacu, na Bolívia.

A data foi escolhida porque no dia 5 de setembro de 1782 morreu Bartolina Sisa, uma valente mulher quéchua, esquartejada pelas forças realistas durante a rebelião anticolonial de Túpaj Katari, no Alto Peru.

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras (CTB) presta sua homenagem a todas as mulheres indígenas, reproduzindo o poesia de Delasnieve Daspet, que retrata a força, grandeza e coragem dessas mulheres guerreiras indígenas.

 

 

 

Mulher Indígena

Tu que perfumas a vida,
Que grita pela igualdade,
Que clama solidariedade,
Que conhece o sol e a lua,
O amanhecer e o anoitecer,
Que vive na penumbra,
Invisível à sociedade.
Tu que integras a natureza,
Sofre discriminações de todo tipo,
Redescubra teus valores e interesses
Teus sonhos e esperanças,
Planos e sentimentos
Na construção de uma comunhão sólida e interna,
Assume o espaço que é teu
Na terra que é tua por direito!
Necessitas,
Não para uma satisfação pessoal,
Mas no todo que somos,
Uma comunhão que garanta
Paz de espírito e fidelidade,
A segurança do sincero e do duradouro
No futuro harmônico e seguro.
Do esforço de cada um
Sem crise de continuidade…
Lembrando que somos partes da mesma Terra,
Vem!
Vamos juntas,
Em busca da Paz!

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