Sem acordo, dissídio coletivo dos trabalhadores dos Correios acontece nesta quinta-feira

Após mais de cinco horas de tentativa de negociação na audiência de conciliação convocada pela relatora do processo, ministra Kátia Arruda, não houve acordo. O dissídio coletivo de greve dos Correios será levado a julgamento, que será realizado pela Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho, em sessão extraordinária marcada para acontecer na próxima quinta-feira (27), a partir das 13h30.

Os trabalhadores dos Correios estão em greve desde o último dia 19 por reposição de 5,2%, 5% de aumento real; reajuste linear de R$ 100; aumento do tíquete-refeição de R$ 25 para R$ 28; um talão extra do tíquete-refeição em dezembro; aumento do vale-cesta de R$ 140 para R$ 160; e manutenção de assistência médica tal qual foi negociada em 2011. Já a federação (Fentect) reivindica 43,7% de reajuste, R$ 200 de aumento linear e piso salarial de R$ 2,5 mil.

Durante a audiência realizada nesta terça-feira (25), foram discutidos diversos pontos da pauta de negociações, principalmente as questões do plano de saúde e da entrega domiciliar das correspondências. Os trabalhadores pedem que a empresa altere a operacionalização, passando a fazer a triagem do material para entrega no período da tarde, efetuando a distribuição no período da manhã.

Vários estados apresentam altas temperaturas, o que acaba gerando problemas de saúde para os carteiros. A empresa chegou a propor a realização de um projeto piloto, em três localidades do país que tenham temperaturas elevadas. Mas as partes não conseguiram chegar a um consenso sobre esse tópico.

Unificados

Integrantes dos Sindicatos Unificados dos Correios: São Paulo, Rio de Janiero, Tocantins e Bauru, realizaram assembleias na noite da terça-feira.

Em uma assembeia realizada na quadra do CMTC Clube em São Paulo, dirigentes do Sindicato dos Correios de São Paulo ( (Sintect-SP) passarem as informações aos trabalhadores, que aguardavam ansiosos pelo resultado das audiências.

Assembleia-24-09 mesa

Durante a assembleia, Ricardo Adriane R. de Souza, o Peixe, secretário-geral do Sintect-SP), explicou a nova proposta de conciliação apresentada pela Ministra Kátia Arruda, de garantir R$ 60 de aumento real de forma linear, que foi recusada pela ECT. Informou ainda sobre a proposta apresentada pelo Ministério Público de reajuste salarial de 8,5%, recusada também pela ECT, que continuou sem apresentar nenhuma contraproposta, mantendo o impasse e gerando protestos de todas as partes, inclusive do TST e Ministério público segundo dirigentes durante a assembleia.

De acordo com o dirigente, o Ministério Público está farto da postura intransigente da ECT, o que foi aplaudido por todos os presentes. Após esses esclarecimentos foi colocada em votação e aprovada a continuidade da greve.

No Rio de Janeiro, os trabalhadores do Rio de Janeiro também decidiram continuar em greve na assembleia. A categoria realizará uma nova assembleia no dia 27, às 18h.

Portal CTB com Sintect RJ e SP

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