Trabalhadores exigem segurança no Comércio de Salvador

Com as festas de fim de ano, shoppings e supermercados de Salvador ampliaram os horários de funcionamento, incluindo os domingos. Para o Sindicato dos Comerciários de Salvador, a medida gera insegurança para os trabalhadores, que ficarão expostos durante a volta para suas casas, em pontos de ônibus desertos e sem segurança, para aguardar por um transporte que tem a frota reduzida à noite e nos fins de semana.

O Sindicato dos Comerciários de Salvador cobra da Superintendência Regional do Trabalho (SRT) e da Secretaria de Segurança do Estado mais esforço na tentativa de conter abusos e promover qualidade de vida, saúde e segurança dos trabalhadores, através de reforço policial nas regiões de concentração de comércio e no sentido de sensibilizar as empresas para que ampliem o número de seguranças nos estabelecimentos e promovam a volta dos trabalhadores para suas casas, por meio de condução particular.

Na última semana, o Sindicato dos Trabalhadores em Supermercados (Sintrasuper), também protestou contra a falta de segurança. Uma manifestação em frente ao Hiper Bompreço Iguatemi exigiu da empresa e dos órgãos competentes mais segurança no comércio de Salvador. No último dia 07, o comerciário Jean Carlos foi morto no estacionamento do supermercado por dois marginais em uma moto. Em julho outro trabalhador perdeu a vida no estacionamento da mesma empresa no bairro do Cabula.

“Na verdade não estamos cobrando, estamos mesmo é exigindo que a iniciativa privada intensifique o quadro de seguranças para garantir não só a integridade física mas, também, a vida das pessoas. O Sindicato não pode silenciar diante de uma situação destas. Hoje estamos aqui para exigir das empresas e do poder público que intensifiquem seu quadro de segurança para garantir tranquilidade não só para os trabalhadores como também para os clientes que compram aqui”, ressaltou o presidente do Sintrasuper, Adilson Alves.

No comércio em geral tem crescido o número de assaltos e nos supermercados. A situação é ainda pior nas unidades da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), campeã nos episódios diários, com vítimas dentro das lojas. “Semana passada fomos informados que uma cliente teve seus objetos roubados dentro da loja. O assaltante mostrou a arma e a obrigou a entregar os pertences. Ela entregou e a empresa ressarciu os valores, se comprometeu em pagar as segundas vias dos documentos e abafou o caso. Precisamos mostrar isso para mostrar até que ponto chegou a insegurança também dentro das lojas”, destacou Cláudio Freitas, diretor do Sintrasuper e funcionário da Ebal Barros Reis.

Fonte: Sindicato dos Comerciários Salvador

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