Juventude ocupa Brasília nesta 3ª feira na Jornada Nacional de Lutas

Estudantes, jovens trabalhadores da cidade e do campo, trabalhadores, feministas, juventudes partidárias e ecumênicas, coletivos LGBT, de cultura, meio ambiente e das periferias unem-se de forma inédita nesta terça-feira (2), em Brasília.

O encontro faz parte da Jornada Nacional de Lutas da Juventude Brasileira, série de manifestações que têm ocorrido nas principais cidades do país. A Jornada já passou por São Paulo, Fortaleza, Manaus, Curitiba e vai atingir outras capitais até o fim de abril.

A partir das 9h, com concentração em frente ao Museu Nacional da República, os mais de 40 movimentos de juventude ocuparão a Esplanada dos Ministérios com intervenções artísticas denunciando os problemas da educação pública, o extermínio da juventude negra, o machismo e o racismo. De lá, seguirão rumo ao Congresso Nacional. O objetivo é que uma comissão de jovens entregue à presidenta Dilma Rousseff uma carta com as atuais reivindicações da juventude brasileira.

Durante a passeata, os grupos, entidades e organizações que compõem a Jornada de Lutas vão passar por diversos ministérios para reforçar as pautas da manifestação. Entre os grandes consensos dos movimento está a necessidade de investimento na área da educação pública, com a destinação de 10% do PIB, 50% do fundo social do Pré-sal e 100% dos royalties do petróleo exclusivamente para o setor. Em frente ao Ministério do Planejamento, ocorrerá um ato em defesa dessa medida.

O trabalho decente para a juventude, as reformas política e agrária e a democratização da comunicação de massas também constam no documento que será entregue a ministros, parlamentares e à presidenta Dilma Rousseff.

Manifesto

“Unir a Juventude Brasileira: Se o presente é de luta, o futuro nos pertence” é o lema do manifesto assinado por 43 entidades, movimentos, organizações e redes de juventude que participarão da Jornada de Lutas em Brasília. O manifesto, aprovado no fim de fevereiro, aponta a necessidade de aprofundar as mudanças no país através de cinco grandes eixos.

“Para enfrentar a crise é preciso incorporar a juventude ao desenvolvimento do país. Incluir o bônus demográfico atual exige uma política econômica soberana que valorize o trabalho, a produção, o investimento e as políticas sociais, e não a especulação. Esse é o melhor cenário para tornar realidade os direitos dos jovens do Brasil. Nosso manifesto segue uma linha única de interesses e vontades a favor de um novo Brasil”, pontua Daniel Iliescu, presidente da União Nacional dos Estudantes.

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