Caminhada antecipa comemoração pelo Dia Mundial da Saúde na Bahia

Uma caminhada do Campo Grande à Praça da Piedade será o ponto alto das atividades comemorativas pelo Dia Mundial da Saúde, na próxima sexta-feira (5), às 9h, em Salvador. A manifestação será encerrada com um ato público contra a precarização da Saúde na Bahia.

saude caminhada

O protesto é organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (Sindsaúde-Ba), Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da UFBA e UFRB (Assufba), além de outras entidades representativas da área da saúde e movimentos sociais. A atividade antecipa as comemorações pela data oficial, 7 de abril, instituída pela organização Mundial da Saúde, em  1948, com o objetivo de alertar para os principais problemas de saúde que atingem a população. Este ano o tema escolhido foi a hipertensão arterial.

A caminhada tem o objetivo de chamar atenção da população e do poder público sobre a necessidade do fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e das condições de assistência à população. O movimento também pretende denunciar as péssimas condições de trabalho dos servidores da saúde e repudiar a política adotada pelo governo estadual de privatizar hospitais públicos. Os trabalhadores das universidades criticam a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), uma empresa público privada que passará a administrar hospitais escola em todo o país.

Vários hospitais da rede no interior e na capital, inclusive maternidades, já foram ou estão em processo de terceirização, via modalidades de Organização Social (OS), Parceria Público Privada (PPP), Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) ou contrato de terceirização da gestão. Servidores de diversos hospitais, sobretudo das unidades que se encontram em processo de privatização, como os hospitais Manoel Victorino e Couto Maia, em Salvador, e Clériston Andrade, em Feira de Santana, irão participar da caminhada como mais uma tentativa de frear a medida do governo do estado.

Para os sindicatos, privatizar a gestão dos hospitais públicos enfraquece o SUS e não assegura melhora no atendimento. Pelo contrário, tende a piorar, já que essas instituições limitam a assistência gratuita aos quantitativos fixados nos contratos. Além da sobrecarga de trabalho já enfrentada pelos profissionais da Saúde, a privatização deixa os servidores ainda mais vulneráveis. As terceirizadas não são obrigadas a promover concursos públicos ou licitações, o que reduz o poder de fiscalização da sociedade sobre a administração do patrimônio público.

Fonte: Sindsaúde-BA

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