SP: Fórum de Saúde e Condições de Trabalho do Santander não avança

Terminou sem avanços na quarta-feira (03) a retomada do Fórum de Saúde e Condições de Trabalho do Santander, em São Paulo. Os representantes do banco mais uma vez não atenderam as demandas encaminhadas pelas entidades sindicais para garantir um ambiente saudável de trabalho e evitar o adoecimento de trabalhadores.

Uma dos principais reivindicações discutidas foi o fim das metas abusivas que são impostas aos funcionários. Foi solicitada a mudança de paradigma, com a participação dos funcionários na definição das metas. Consideramos essa medida essencial para combater o assédio moral e o adoecimento de trabalhadores em função dessa pressão diária. Mas o banco não aceitou a proposta dos bancários.

Os dirigentes sindicais reivindicaram a instalação na segunda quinzena de abril de um grupo de trabalho para discutir a implantação de um programa de reabilitação profissional, previsto desde 2009 na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários.

Pesquisa de saúde e condições de trabalho

O Santander negou também a proposta das entidades sindicais de fazer uma pesquisa acerca da saúde e das condições de trabalho dos funcionários em todo o país. Nem mesmo as recomendações da OCDE sobre a necessidade de “realização conjunta de consultas e cooperação” e “o acesso a informações necessárias para negociações significativas sobre as condições de trabalho” sensibilizaram o banco.

Cipa e participação dos sindicatos na Sipat

O Santander ainda se negou a formar um grupo de trabalho para discutir o funcionamento das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas) nos locais de trabalho. Além disso, o Santander se recusou a discutir com os dirigentes sindicais a organização e o conteúdo da programação da Semana Interna de Prevenção de Acidentes (Sipat). O banco se limitou a dizer que efetuará uma comunicação prévia de 30 dias aos sindicatos, informando data, local e eventos programados.

Procedimentos sobre assaltos, sequestros e extorsões

Os dirigentes sindicais cobraram atendimento médico e psicológico às vítimas de assaltos, sequestros e extorsões, bem como às suas famílias, além da emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e do fechamento do estabelecimento no dia da ocorrência, o que muitas vezes só ocorre depois da pressão de sindicatos. O banco disse que tem acionado as áreas envolvidas, buscando garantir atendimento às vítimas, mas que a CAT só tem sido emitida após avaliação médica.

Plano de saúde aos aposentados

Os representantes do banco anunciaram que farão uma reunião específica para discutir a manutenção do plano de saúde dos aposentados, a partir da nova regulamentação da ANS (Agência Nacional de Saúde). As entidades sindicais defenderam a permanência dos planos das mesmas condições vigentes quando na ativa.

Exame demissional

Os dirigentes sindicais reivindicaram a reintegração de funcionários demitidos, cujos exames demissionais apontam a condição de “inapto”, a exemplo de um trabalhador de Cuiabá. O banco respondeu que “em tese” essas dispensas são revertidas.

Fonte: Seeb São Paulo

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