Movimentos sociais prometem nova onda de protestos na Europa

Movimentos sociais em Portugal, na Espanha, Grécia, no Chipre, na França e Alemanha prometem fazer no dia 1º de junho, um sábado, a maior manifestação contra as políticas de austeridade que afetam diversos países da Europa, especialmente do Sul do continente.

Os protestos terão como alvo os governos nacionais e os credores internacionais, a chamada Troika, formada pelo Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia. Na internet, os movimentos sociais responsabilizam o controle fiscal das despesas públicas, exigido por essas instituições, como a principal razão da crise que causa desemprego em massa na região.

Esta não é a primeira vez, desde o início da crise econômica internacional, que manifestantes tentam  mobilizar a população de diversos países da Europa contra a austeridade. Em novembro do ano passado, Portugal e Espanha fizeram um greve geral conjunta no mesmo dia em que houve protestos em mais de 20 países.

De lá para cá, no entanto, a situação econômica se agravou. Portugal se aproxima da marca de 1 milhão de pessoas desempregadas e a Espanha anunciou ter mais de 6 milhões e 200 mil pessoas sem emprego.

Demissões na Grécia

O Parlamento da Grécia aprovou neste domingo (28/04) um novo pacote de medidas para o corte de gastos do orçamento do país. A medida estipula a “reestruturação” do setor público e prevê a demissão de 15 mil funcionários do governo nos próximos dois anos.

A medida foi aprovada sob protestos da população e da oposição. A votação foi feita em procedimento de urgência, com apenas dois dias de debate, fato que a oposição grega – composta por alianças de esquerda – qualificou como “violação da democracia parlamentar”.

Segundo informações da Agência Efe, o ministro das Finanças, Yannis Sturnaras, defendeu a votação de urgência com o argumento de que o acordo deveria sair antes da reunião desta segunda-feira (29/04) do grupo de trabalho do Eurogrupo, em que deve ser dado sinal verde ao desembolso do lance correspondente a março, no valor de 2,8 bilhões de euros.

Com agências

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