A Arte de Renato Teixeira

Nenhum país tem tantos estilos musicais
Como tem a música popular Brasileira
Além dos estilos esse povo tem uma jinga
Que encanta a humanidade inteira
Faz parte da nossa Brasilidade
Construída ao longo dos séculos por essa nação obrera.

Um dos estilos, mas belo
A chamada Raiz Sertaneja
Conta a vida humilde e simples
Do homem que com a natureza trava sua peleja
Que conta a religiosidade, o canto dos pássaros…
O amor pela vida que na música verseja.

A vida humana é revelada
No canto do sertanejo ao lado de uma viola
Geralmente na beira de uma fogueira
Pra uma plateia que interage e não amola
Tudo bem primitivo e coletivo
Num exercício de contar, cantar, encantar e todo se enrrola.

“Quando o dia nascer
Deixe o sol entrar pela janela
Esses versos singelos vão pra você
Minha querida moça bela”
Vamos pintar no horizonte uma grande aquarela
Pra mostrar pra todos e todas os segredos que a vida nos revela.

“Amanheceu peguei a viola
Botei na sacola e fui viajar”
Visitei o País inteiro
Num sonho de passear
À noite voltei pra casa
Foi uma grande viagem num jogo de improvisar.

“Nossa viagem não é ligeira
Ninguém tem pressa de chegar
Quando é boa e cheia de esperança
Não temos nem vontade de regressar”
Quando retornamos vamos ficar com muitas saudados
Daquele povo alegre que ficou por la.

“Ando devagar, porque já tive pressa
Ir em frente é preciso conhecer a vida pra poder amar
Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maças
É preciso a paz para poder sorrir” pra das angustia se libertar.
Pra que os covardes não batam a nossa porta
Pra que não precisemos lhes expulsar.

“Ou! Ou! Ou!,., que vida boa!…
Sou eu no caminho do meu sertão
Sapo caiu na lagoa, cozinhando num fogão a lenha
Moro numa casinha na beira do Ribeirão”
Plantando a igualdade social
Em busca de revolução.

“Eu conheço desse povo todos os sotaques
Conheço a paisagem, todos os lugares
Viajar é preciso, é preciso viajar
A vida não me cobra frete” vou cruzar os sete mares
Não importa os desafios, quantas tormentas iremos ultrapassar
Porém, nossa mensagem de esperanças vai alegrar aos milhares.

Meu Deus, quantas viagens?
Meu deus, quantas voltas?
Um homem de coragem
Não se importa de abrir muitas portas
Pra conquistar a liberdade
Mesmo sabendo que vai participar de mil revoltas.

A poesia de um grande poeta
É algo que vai pra eternidade
E quando ela é cantada
Ai, é que seu valor duplica pra humanidade.
A raiz sertaneja, ao cantor, e ao poeta do sertão
Sua arte é um grito de liberdade.

Ouvindo o seu cantar
Me tira o estresse desse vida ligeira                                                   
Me dar coragem pra que possíveis quedas
Eu seja capaz de imediato levantar e bater a poeira
Nas cordas de sua viola ecoa sons libertários
Você é inconfundível cantor e poeta Renato Teixeira.

Por Francisco Batista Pantera: professor, jornalista, poeta e presidente da CTB-RO.

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