Francisco Pantera : Desesperar Jamais

Eu sou pau de dar em doido
Eu sou madeira de aroeira
Eu sou da filosofia
Do capitão Antônio Ferreira
Estou querendo sangrar
Um covarde no meio da feira.

O meu mundo não é feito
Por traições e intrigas
Quem te amas
Não te castigas
Assim é nossa sociedade
Não se deixe levar pelas fadigas.

O mundo não aguenta
Os gananciosos do capital
O capitalismo está em crise
E sua agonia é internacional
É um sistema falido, sem futuro
Sua riqueza está condicionada na desgraça social.

Se liga ! Cascavel !!
Eu não sou puro
O meu pensamento
Não permite ficar em cima do muro
Guerra! É Guerra!
Isto eu te asseguro.

Faça o que eu digo
Mas, não faça o que eu faço
Não sei se isso é um conselho
Ou se é um embaraço
Assim vou escrevendo
Conquistando meu espaço.

Posso não ser um grande poeta
Mas, não sou idiota
Amo o meu país
Tenho o orgulho de ser patriota
Pertenço a Rondônia
Não entrei aqui por traz da porta.

A minha concepção de mundo
Tem caráter socialista
Sempre acreditamos no futuro
Porque somos otimistas
Acreditamos numa sociedade justa e fraterna
Somos movidos pelo espírito internacionalista.

Eu sou um maluco
Expressando minha loucura
Procuro sempre endurecer
Sem perder a ternura
“é preciso elevar a cultura
Pra si cuspir nas estruturas.”

O sistema é bruto
A lei é do cão
Eu não vou me angustiar
Não vou entrar em aflição
Vou continuar proseando
Que se dane a burguesia de plantão.

“Tudo na vida vale a pena,
Quando a alma não é pequena”
Sou do pensamento de Fernando Pessoa
Um homem prevenido vale por uma centena
Quem não tiver pecado
Que atire a primeira pedra em madalena.

Eu não sou de desesperar
Eu não sou de correr da raia
Eu não sou de desistir
Eu não sou de nadar pra morrer na praia
Eu sou como a primavera
Que tarda mais não faia.

Estou protestando contra a grande mídia golpista
Com sua tendenciosa noticia de seus jornais
Acreditam conduzir o país do seu jeito
Sem levar em conta as forças dos movimentos sociais.
Nós aprendemos muito nestes anos
Como afirma Ivan Lins: Desesperar Jamais.

Por Francisco Batista Pantera (professor, poeta, jornalista e presidente da CTB-RO).

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