CTB e bancários de Sergipe param agências do Itaú no Dia Nacional de Paralisações

Nesta sexta-feira (30), a CTB Sergipe em parceria com o Sindicato dos Bancários (SEEB-SE) parou por 24h as agências do Banco Itaú, localizadas na capital sergipana. O protesto faz parte do Dia Nacional de Luta com Paralisações, convocado pelas centrais sindicais.

Em Aracaju, a decisão de fechar as agências do Itaú foi tomada em assembleia geral da categoria realizada, ontem à noite, dia 29, na sede do sindicato. Nesta sexta, os sindicalistas passaram os dois turnos nas portas das agências, conversando com a imprensa e clientes que procuram o serviço.

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Maior o lucro

“Estamos em plena campanha salarial. E como até agora não houve avanço nas negociações com os banqueiros, há previsão de uma greve nacional dos bancários. Assim, em consideração aos clientes sergipanos, decidimos  participar do Dia Nacional de Luta fechando as agências do Itaú.  E escolhemos o Itaú porque é o maior banco privado da América Latina, que  lucrou só neste semestre mais de R$ 7 bi. Um ganho maior do que o PIB de 30 pequenos países juntos. Ao mesmo tempo, é a instituição financeira que  mais demite e que mais excede com as metas abusivas”, justifica o presidente do SEEB-SE José Souza.

O secretário de Administração do Seeb-SE e funcionário do Itaú, Adêniton Santana Santos, lembra que o Itaú é o carro-chefe da mesa de negociação da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) com o Comando Nacional dos Bancários. “O Itaú é também um dos bancos que apresenta maior dificuldade nas relações com os empregados. Os banqueiros do Itaú se demonstram insensíveis com o funcionalismo. Apesar de todo o lucro anunciado, sãos os que mais assediam moralmente com as metas abusivas. Nas agências do Itaú, temos problemas com assaltos dentro das agências, por falta de segurança”, afirma Adêniton Santana.

A secretária Nacional das Mulheres da CTB e dirignetes do Seeb, Ivânia Pereira afirma das  reivindicações dos trabalhadores no Dia Nacional de Luta lutas e Paralisações estão o fim do fator previdenciário e o arquivamento do projeto de lei da terceirização, o PL   4.330, que está a um passo de ser votado. “O objetivo desse projeto é legalizar a precarização das relações de trabalho no setor privado e público”, afirma Ivânia Pereira.

“Segundo estudos do Dieese, o trabalhador terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada semanal de trabalho de três horas a mais e ganha 27% menos. Já no setor público, os efeitos da terceirização já são velhos conhecidos: os serviços pioram para a população e é fonte de corrupção e de desvios do dinheiro público”, afirma Ivânia Pereira. 

Por Déa Jacobina – Seeb-SE

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