Ato em São Paulo presta solidariedade à Síria e defende pela paz mundial

“A Síria é um divisor de águas no mundo, porque o imperialismo visa dominar todos os países e extrair deles as suas riquezas”, afirma o presidente da Fearab (Federação de Entidades Árabes Brasileiras do Estado de São Paulo), um dos coordenadores do Ato Público em Solidariedade ao Povo e à Soberania da Síria, ocorrido hoje (6), na Praça Ramos de Azevedo, centro da capital paulista. Ele questiona com veemência “que exemplo os Estados Unidos dão para o mundo com essa política autofágica que corrói a humanidade e destrói o planeta?”.

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Na escadaria do Teatro Municipal de São Paulo se agitaram as bandeiras sírias e os cartazes de “não à guerra”. A iminência do ataque norte-americano e a arrogância de Obama – que já afirmou não depender da decisão da Organização das Nações Unidas (ONU) para intervir na Síria – só fazem crescer o descontentamento da opinião pública.

Rogério Nunes, secretário de Políticas Sociais da CTB, afirmou que o ataque é uma interferência brutal de um país que não respeita a soberania de um povo.

“Para justificar o desrespeito ao direito do povo sírio à autodeterminação e levar à frente um novo ato de barbárie, Washington recorre à mentira descarada acusando sem provas o governo daquele país árabe de usar armas químicas”, apontou o dirigente da CTB, Adilson Araújo por meio de uma nota de apoio àquele país.

“De olho” no Brasil

Para Felício Elias, os “EUA estão de olho no Brasil, na Amazônia, no petróleo, na água, entre outras riquezas brasileiras”. Assad Frangieh, editor do site Orientemidia.org reafirma que a “manifestação é contra a guerra imperialista promovida pelos EUA contra a Síria” e para “reforçar a posição do Brasil em favor da soberania nacional e contra toda ingerência em questões internas dos países”.

O ato chamou a atenção dos transeuntes que curiosos paravam para olhar e entender do que se tratava. Muitos transmitiam mensagens de apoio à paz. Ricardo Alemão Abreu, secretário de Relações Internacionais do PCdoB, enfatiza que “o povo sírio representa a humanidade neste momento.” Ele acentua que “a luta pela paz é a luta dos trabalhadores”. Por isso, defende Alemão, “todos devemos repudiar a agressão imperialista ajudando a ação de mercenários e terroristas ao povo sírio, o mundo quer paz”, finaliza.

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Felício Elias conta que esses grupos de “mercenários estupram as mulheres e cometem as maiores atrocidades contra o povo e matam sem o menor pudor”. Elias disse que soube de “mercenários enfiaram um crucifixo na vagina de uma mulher síria, por ela ser cristã”.

Socorro Gomes, do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz e do Conselho Mundial da Paz, ataca a atitude dos EUA como “violadora da Carta da ONU, pela qual um país só pode guerrear para defender seu território”, logo revela Socorro, “a Síria não atacou os EUA, então por que essa ameaça de guerra?”, pergunta. “O Estado bandido dos EUA ameaça toda a humanidade e o planeta com sua prepotência”, alega Socorro.

Segundo ela, são os EUA que “violam todos os direitos internacionais espionando, bisbilhotando e produzindo guerra” e tudo isso acontece devido “à decadência dessa potência beligerante” que com suas “atitudes criminosas, ameaça à humanidade”, tenta “dominar o Oriente Médio e desrespeita a ONU (Organização das Nações Unidas” que mantém inspetores na Síria para averiguar a utilização de armas químicas e saber quem realmente usou”.

Pela Paz

Jonathan de Jesus Silva, diretor da UEE-SP (União Estadual dos Estudantes de São Paulo) afirma que os estudantes estão “preocupados com o absurdo dos Estados Unidos ameaçarem a soberania de um país como a Síria” e sinaliza que os jovens “querem a predominância da paz e da solidariedade entre os povos”. Por isso, a “UEE-SP condena com veemência os crimes estadunidenses contra os povos”.

O presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Bira (Ubiraci Dantas de Oliveira) acredita que “a guerra não vai acontecer, porque o mundo inteiro já sabe das mentiras dos EUA”. Ele define o presidente estadunidense Barack Obama como “carniceiro, que repete as atrocidades de Bush pai e Bush filho”, mas acentua “o mundo inteiro não confia mais nos Estados Unidos”.

“A crise na Síria se resolve ente os sírios e sem a ingerência externa dos Estados Unidos, Turquia, Arábia Saudita, Qatar, Israel e seus aliados que de longe esqueceram os valores de suas democracias e de mundo livre ressuscitando seus históricos de colonialismo e imperialismo otomano e ocidental’, afirma texto do Comitê de Solidariedade ao Povo da Síria, no Brasil.

Marcos Ruy – Portal CTB

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