CTB-RS participa do Grito dos Excluídos em Porto Alegre

Em Porto Alegre, na manhã do último sábado, 7 de setembro, dia da Independência do Brasil,  diversos movimentos sociais se reuniam no Largo Glênio Peres. Entre outras pautas, reivindicavam a democratização da comunicação, a reforma política e a punição dos torturadores da Ditadura Militar.

Por volta das 10 horas, os movimentos sociais começaram sua passeata rumo à Loureiro da Silva.  Eles permaneceram no Largo dos Açorianos gritando palavras de ordem que pediam, principalmente, a democratização dos meios de comunicação e a reforma política. Durante a manifestação também foi entoada a música “Dilma democratiza essa mídia”, paródia de “Sociedade Alternativa” de Rau Seixas feita pela juventude da CTB pela aprovação do projeto de  lei de iniciativa popular que garanta pluralidade e diversidade na mídia.

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O secretário da juventude trabalhadora da CTB-RS, Igor Pereira, entende que “o sistema de representação política existente foi posto em xeque por não representar efetivamente mulheres, trabalhadores e jovens que são a maioria do povo brasileiro”, por isso os movimentos defendem “uma reforma política que combata a corrupção vinda principalmente do fianciamento privado e promova maior participação popular”. 

Além disso, também foram apresentadas diversas outras demandas como a reforma agrária, 10% do PIB pra educação e mais investimentos na saúde pública. O médico formado em Cuba e integrante do MST, Marcos Tiaraju, que estava participando do ato, falou sobre a vinda dos médicos estrangeiros: “Estamos encampando, junto com os demais movimentos sociais a defesa do programa ‘Mais Médicos’, a vinda dos médicos estrangeiros, principalmente dos cubanos, que estão sendo rechaçados pelos Conselhos de Medicina do Brasil”.

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Após o final do desfile, os manifestantes puderam entrar na avenida onde antes ele estava acontecendo, no entanto, durante cerca de dez minutos, foram impedidos pela Brigada Militar de continuar com a passeata enquanto as autoridades não deixassem o local. Após serem liberados para seguir, os militantes avançavam de forma tranquila e gritando palavras de ordem quando passaram por um grupo que estava nas arquibancadas do desfile e que, vestidos com camisetas com a bandeira do Brasil, seguravam faixas quem pediam “intervenção militar já!”. Nesse momento, houve tensão e os dois grupos discutiram fortemente, a Brigada Militar precisou se colocar entre eles. Os manifestantes que seguiam pela Loureiro da Silva começaram a cantar músicas que lembravam os crimes da Ditadura e, após alguns minutos, a passeata dos movimentos sociais prosseguiu. O protesto foi encerrado por volta do meio dia na esquina com a rua José do Patrocínio. 

Fonte: CTB-RS

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