Começam conversas sobre negociação de paz na Síria

A Rússia e os Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira (13)  em retomar os esforços pela realização de uma conferência de paz sobre a Síria, ampliando o escopo da atual discussão voltada para a eliminação das armas químicas no país do Oriente Médio. Após uma nova reunião em Genebra, na Suíça, para discutir o plano russo de desarmamento, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, prometeram atuar conjuntamente para tentar acabar com o conflito, que já dura dois anos e meio e causou mais de 100 mil mortes.

Uma nova reunião foi marcada para daqui a duas semanas, durante a sessão anual da Assembleia-Geral da ONU (Organização das Naçoes Unidas), em Nova Iorque. Eles esperam obter avanços em Genebra na questão do desarmamento químico, para então marcar a data para uma conferência de paz.

“Estamos comprometidos em tentar trabalhar juntos, começando com esta iniciativa sobre as armas químicas, na esperança de que esses esforços possam ser recompensados e trazer a paz e a estabilidade para uma parte do mundo dilacerada pela guerra”, disse Kerry numa entrevista coletiva conjunta.

O futuro dessa colaboração, acrescentou ele, “dependerá da capacidade de termos sucesso aqui nas próximas horas e dias a respeito do assunto das armas químicas”.O presidente estadunidense Barack Obama começou a dar para trás em questão á guerra porque seu país ficou praticamente isolado na intenção de bombardear a Síria sem aprovação da ONU.

Já Lavrov disse que a discussão sobre as armas químicas ocorrerá paralelamente ao trabalho preparatório para a conferência de paz de Genebra. Obama recoheceu inclusive ter a Rússia como aliado tem sido decisivo para que os EUA mudem sua proposta. Para Obama o apoio russo “tem o potencial de remover a ameaça das armas químicas sem o uso da força, particularmente porque a Rússia é um dosmais fortes aliados de assad”, define.

A Síria aceitou nesta semana a proposta russa que coloca seu arsenal químico sob controle internacional. Em troca, o governo de Bashar Assad espera ser poupado de um ataque dos EUA, que desejam puni-lo pelo suposto uso de gás sarin contra civis em 21 de agosto. O presidente sírio Bashar al-Assad nega ter cometido esse ataque, que matou mais de 1.400 pessoas.

Rússia e EUA já concordaram, meses atrás, em promover uma conferência de paz para a Síria, mas as duas potências divergem sobre quem deverá participar do evento. Moscou resiste aos apelos dos rebeldes sírios e de líderes ocidentais para que Assad dê lugar a um governo transitório.

 “A CTB não evitará esforços para desmascarar as verdadeiras intenções do imperialismo e denunciar os interesses puramente econômicos por trás dessa agressão imperialista!”, reforça Divanilton Pereira, secretário de Relações Internacionais da CTB.

Portal CTB com O Estado de S. Paulo 

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