Centrais sindicais de Sergipe iniciam campanha em defesa do Banese

As Centrais Sindicais do Sergipe CTB, CUT e a CSP-Conlutas entraram na luta pela manutenção da conta única da Prefeitura de Aracaju no Banco do Estado de Sergipe (Banese). Na terça-feira (24), os integrantes das entidades e dos movimentos sociais fazem um protesto em frente à sede da PMA contra o leilão da conta bancária, deflagrado pelo prefeito João Alves Filho, do DEM. O Sindicato dos Bancários do Estado (Seeb), filiado à CTB-SE, ingressa com uma ação na Justiça para tentar barrar a venda da conta da Prefeitura por R$ 40 milhões nos próximos dias.

“Vamos entrar com um pedido de liminar para não permitir o leilão previsto para o dia 7 de outubro. Se a gente conseguir, vai ganhar tempo para continuar fazendo esse debate com a população. Aliás, eu considero que já obtivemos uma vitória, na medida em que, há 10 dias, o prefeito e todo o seu secretariado têm sido obrigados a ir para a imprensa justificar essa tomada de decisão tão prejudicial para o povo sergipano”, afirma José Souza, presidente do Seeb.

Além da ação judicial e do ato público, as centrais e o movimento social farão uma campanha na mídia com o objetivo de ganhar o coração e a mente do povo sergipano na defesa do Banese. Edival Góes, presidente da CTB/SE, lembra que o Banese é um banco público, o único banco estadual do Nordeste, que vem sofrendo ataques sucessivos do DEM e do PSDB ao longo das últimas décadas,

Fragiliza

“O Banese é um banco que tem investido todas as suas economias no crescimento e desenvolvimento do Estado. Achamos que a retirada da conta única da prefeitura, o segundo maior cliente do banco, vai fragilizar o Banese. São 12 mil clientes a menos”, ressalta. Ao defender a manutenção da conta da prefeitura no Banese, Edvaldo Leandro, diretor do Sindipetro e da CSP Conlutas, afirma que a central quer que o banco, seja em qual for o governo, esteja sempre a serviço da população.

“Da mesma forma que a gente defende a Petrobras e o petróleo como instituição e riqueza do povo brasileiro, devemos defender o Banese como uma instituição do povo sergipano”, enfatiza. Para Plínio Pugliesi, diretor da CUT/SE, alerta para um dano ainda maior. “Hoje, estamos discutindo o leilão da conta da Prefeitura e, amanhã, a gente pode estar aqui debatendo a privatização do banco”, ressalta.

Plínio considera ainda que se o leilão for concretizado serão os clientes e os servidores que pagarão os R$ 40 milhões à Prefeitura de Aracaju. “Essa venda não trará nenhum benefício para a população, e esse dinheiro João Alves não vai usar para ajudar a população, mas vai servir para pagar aos empresários que financiaram sua campanha”, salienta.

Por Niúra Belfort – CTB-SE

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