Greve bancários: Mais agências aderem à greve em Chapecó

Entre a quarta e quinta-feira (25 e 26) mais agências da base do Sindicato dos Bancários de Chapecó, Xanxerê e Região, em Santa Catarina, aderiram ao movimento grevista. Agora são 43 unidades paralisadas na base do sindicato. A greve cresce não somente na região oeste, mas em todo país. Ontem (25) foram 10.024 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados paralisados nos 26 estados e no Distrito Federal. Trabalhadores de setores estratégicos também aderiram à greve, com destaque para a paralisação de call centers.

A única proposta da Fenaban de reajuste 6,1%, que repõe a inflação do período, foi apresentada no dia 5 de setembro e foi rejeitada pelos bancários em assembleias realizadas dia 12, em todo o país. Os bancos estão há vinte dias sem negociar com os bancários, que reivindicam reajuste de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%), ampliação da participação dos lucros e resultados, valorização do piso, mais contratações, fim da rotatividade e das terceirizações, melhores condições de trabalho com fim das metas abusivas e mais segurança.

Conforme deliberação da assembléia realizada na quarta-feira, 25, a próxima Assembléia será na próxima segunda-feira, dia 30, no Sindicato.

O vereador e sindicalista Cesar Valduga obtiveram uma moção de apoio à greve dos bancários aprovada por unanimidade na Câmara de Vereadores de Chapecó. A moção será encaminhada às diretorias da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banrisul.

Valduga lembra que a greve é o último recurso que uma categoria de trabalhadores tem frente à negativa da classe patronal em atender as reivindicações postas em pauta. No caso dos bancários, os registros mostram que os bancos lideram os ganhos no país. No primeiro semestre desse ano os seis maiores bancos lucraram quase R$ 30 bilhões juntos, alta de 18,21% em relação ao mesmo período do ano passado. As receitas com tarifas bancárias, aquelas cobradas dos clientes, cresceram 12,5% de janeiro a julho em comparação com o mesmo período de 2012, ultrapassando os R$ 46 bilhões. “Isso significa que os bancos conseguem garantir as reivindicações da classe dos trabalhadores em bancos”, conclui o vereador.

Fonte:Seeb- Chapecó

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