Greve dos professores estaduais do Pará completa um mês

No Pará, a greve dos professores completa um mês nesta quarta-feira (23). E prejudica os alunos que vão fazer o Enem e o vestibular.

Na quarta-feira (22) teve protesto em Belém. Trezentos manifestantes queimaram pneus e bloquearam uma rodovia que liga a Região Metropolitana de Belém ao interior do estado. Foram quatro horas de engarrafamento até que a pista fosse liberada.

Entre as reivindicações, os professores da rede estadual querem que o plano de carreira inclua todos os servidores da educação. Pedem também o pagamento retroativo do piso salarial de 2011 e melhores condições de trabalho.

A Secretaria de Educação do Pará disse que 90% das reivindicações foram atendidas e que só volta a negociar se a greve for suspensa. O sindicato afirma que 85% dos colégios estão sem aula. A secretaria diz que a adesão à greve atinge 30% das escolas.

A rede estadual do Pará tem mais de 600 mil alunos. Nos últimos dois anos, esta é a segunda greve dos professores do estado. A primeira durou 53 dias. A atual completou um mês.

Além de atrasar o calendário letivo de todos os estudantes, as paralisações prejudicam ainda mais aqueles alunos que têm desafios importantes até o fim do ano: as provas do Enem e do vestibular.

Joelson Amaral reforça os estudos em casa, mas sabe que isso não basta. “A gente precisa de fato ter aquele contato com o professor, porque temos várias duvidas quanto aos assuntos, e a gente pensa que pode estudar tudo em casa que resolve, mas não resolve”, diz o estudante.

Os professores vão fazer uma assembleia na quinta-feira (24) para decidir se mantêm a greve.

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