Trabalhadores da Bepo, no RS, paralisam contra assédio moral

Os cerca de 500 trabalhadores da Bepo, de São Marcos (RS), paralisaram as atividades por 30 minutos na manhã desta segunda-feira (18) para definir, ao lado do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região, a pauta de reivindicações dos trabalhadores que será apresentada para a diretoria da empresa. Durante a assembleia ficou decidido que as prioridades são as questões referentes às relações de trabalho dentro da fábrica, como o uso livre dos banheiros e não apenas com autorização dos superiores em horários determinados e o assédio moral e sexual, e o Programa de Participação nos Lucros e Resultados (PPR).

Um documento contendo as reivindicações dos trabalhadores será entregue para a empresa na tarde desta segunda-feira. As negociações ocorrem durante a semana e na próxima segunda-feira (25) está programada mais uma assembleia para a decisão conjunta dos próximos passos da negociação.

“As relações de trabalho precisam evoluir. A Bepo é uma empresa que tem seu produto no mundo inteiro. Uma empresa desse porte não pode ter relações precárias com seus trabalhadores. Estamos aqui discutindo coisas que há 20 anos eram discutidas e não cabem aos dias de hoje. Precisamos discutir problemas novos e não regredir,” destacou o deputado Assis Melo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região.

No dia 30 de setembro os trabalhadores paralisaram as atividades durante todo o dia. Na ocasião, a empresa também se comprometeu a resolver os problemas de assédio e dos banheiros, o que não aconteceu. O sindicato segue recebendo diversas denúncias de abusos dentro da fábrica.

Texto e foto: Fabíola Spiandorello

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