Professores do AM cobram melhorias para a classe em 10º Congresso na Ufam

 

A CTB participou entre a quarta e quinta-feira (09 e 10), do 10º Congresso Estadual de Educação, realizado no Auditório Eulálio Chaves, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Raimunda Gomes, secretária de Imprensa e Comunicação da CTB, compôs a mesa nos dois dias do evento, que aprovou as questões que compõem a pauta a ser levada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) para o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) que vai acontecer no próximo ano. a pauta incluiu o cumprimento da lei que determina o piso salarial, de R$ 1.567 desrespeitada pela maioria dos municípios amazonenses, melhoria das escolas municipais e a aplicação dos recursos do Fundo do Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Segundo o presidente da entidade estadual, Marcos Libório, essas questões precisam ser respondidas pelas autoridades, do contrário, o Estado continuará a apresentar disparidades nos exames de desempenho como Ideb e Enem. “Ainda enfrentamos situações nos municípios como dificuldade de deslocamentos”, afirmou o presidente do Sinteam, lamentando que muitos discursos feitos por autoridades acabem somente retórica, sem nunca se tornar realidade, como a aprovação e o pagamento do piso salarial. “Por isso estamos em luta”, assegurou Libório.

A professora Cosme Rodrigues Machado, 54, do município de Borba (a 155 quilômetros de Manaus), é uma das que só recebe um valor um pouco acima do salário mínimo em decorrência de aditivos feitos ao vencimento básico. “Nosso salário chega a R$ 700”, disse ela, que atua na zona ribeirinha do município onde a maioria das salas é multisseriada, ou seja, tem alunos de várias séries, sem contar muitas vezes com o material e condições necessárias para a aula. “Continuamos porque amamos a profissão, mas não temos qualquer incentivo”, constata ela, que denuncia inclusive a falta de repasse do INSS desde abril deste ano. Em Tefé (a 525 quilômetros), a situação é pior por conta da política, disse a professora Dalvanide Cruz das Chagas, 44. “Não sabemos onde são aplicados os R$ 2 milhões repassados pelo Fundeb ao município. O governo federal fiscalizasse essa aplicação”, argumentou.

O professor Valdir Coimbra, 40, da zona rural de Manacapuru (a 80 quilômetros), disse que ele e outros professores têm que pagar transporte para se deslocar às comunidades. “O prefeito promete, mas não cumpre e a gente se sacrifica para não prejudicar mais o aluno”, finaliza.

Portal CTB com agências

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