Metalúrgicos de Caxias exigem melhores condições de trabalho em dias de calor intenso

O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul (RS) realizou assembleia na manhã desta segunda-feira (03) para informar os cerca de 2.800 trabalhadores da Marcopolo Ana Rech da medida emergencial que está sendo tomada em função das altas temperaturas enfrentadas no estado e que afetam as condições de trabalho dos metalúrgicos. Muitos trabalhadores passaram mal devido a forte onda de calor dos últimos dias.

Os metalúrgicos relataram ao sindicato falta de ventilação e até de água para beber em diversas empresas da cidade, o que torna o trabalho sob fortes temperaturas um tormento, afetando a saúde dos trabalhadores.

O presidente Assis Melo, destacou que o sindicato está muito preocupado com a exposição da categoria ao calor excessivo. “Precisamos urgente de uma posição sobre as condições em que os trabalhadores estão exercendo suas funções nessa onda de calor. Solicitamos uma reunião com o Ministério do Trabalho pois esta é uma negociação emergencial que precisa ser resolvida logo. Trabalhadores estão desmaiando dentro das fábricas devido às fortes temperaturas. A previsão é que o mês de fevereiro terá recorde de temperaturas, precisamos de empresas climatizadas para que toda a categoria possa ter condições dignas de trabalho, que não afetem a sua saúde.”

O Sindicato se reúne com o Ministério do Trabalho e com o sindicato patronal ainda na manhã desta segunda para reivindicar melhores condições para os trabalhadores metalúrgicos em dias de calor intenso. Na reunião o sindicato vai apresentar as seguintes propostas: jornada de trabalho de 6 horas nos meses de forte calor, intervalo a cada duas horas para a hidratação do trabalhador e água de boa qualidade e em boa temperatura disponível para os metalúrgicos dentro das fábricas.

O Sindicato vai seguir mobilizando a categoria para conscientizar os trabalhadores a reivindicarem melhores condições de trabalho e para que não aceitem trabalhar em local impróprio e que prejudique a sua saúde. Caso o problema não seja resolvido a categoria pode paralisar as atividades.

Por Fabíola Spiandorello – Sindimetal

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