Greve da Etec e Fatec começa com passeata em Mogi Mirim (SP)

Uma passeata pelas ruas do município de Mogi Mirim (SP), na manhã de segunda-feira (17), deu início à greve dos professores da Etec “Pedro Ferreira Alves” e da Fatec “Arthur de Azevedo”. O movimento partiu por volta das 8h30 em direção à Prefeitura. A principal reivindicação dos grevistas é o plano de carreira prometido há dois anos, mas que permanece parado nas mãos do governo do estado.

Acompanhados por um grupo de aproximadamente 60 alunos, alguns professores e funcionários das duas instituições caminharam pelas ruas do Centro da cidade gritando palavras de ordem. No trajeto, os manifestantes vaiaram o escritório do deputado Barros Munhoz (PSDB), líder do governo paulista na Assembleia Legislativa.

Escoltado pela Polícia Militar, o grupo parou em frente ao prédio do Paço Municipal, cobrando a presença do prefeito Gustavo Stupp (PDT). Foi quando alguns professores incentivaram os alunos a gritar palavras de ordem contra o chefe do Executivo, como “Prefeito, tá na balada? Não vai sair, tá de ressaca?”.

Stupp, no entanto, não estava presente no momento, pois tinha outro compromisso pela manhã, segundo informou a chefia de gabinete. Uma comissão com representantes dos professores e funcionários da Etec e Fatec, do sindicato, e dos alunos foi chamada para uma reunião com o secretário de Relações Institucionais, Jonas Alves Araújo Filho, e com a chefe de Gabinete, Rosangela Schiavon.

A Administração Municipal se comprometeu a enviar um ofício ao governo estadual. “Acho que o movimento já começou vitorioso. É importante a opinião pública saber o que está acontecendo”, declarou o professor José Vicente Gonçalves após o fim da reunião. “Ninguém queria a greve, queríamos ser respeitados como profissionais, respeitados pelo governo do estado”, concluiu.

Em reunião com diretores das Etecs e Fatecs de São Paulo, a superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá, afirmou que o projeto do plano de carreira para professores e funcionários está sendo “finalizado” para envio à Assembleia Legislativa e que não há motivos para a greve.

A expectativa do governo do estado é enviar o projeto para aprovação até a próxima sexta-feira, 28. Até lá, a greve continua, garante o Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza.

Portal CTB copm agências

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