CTB Sergipe defende mais mulheres participando da vida política

Mais mulher na política. Esse é o tema escolhido pela CTB Sergipe para comemorar o Dia Internacional da Mulher. A data, que este ano cai no sábado – 8 de Março -, será lembrado com um ato público no Calçadão da João Pessoa, Centro, na sexta-feira, 7, a partir das 7 horas, numa parceira entre a entidade e o Sindicato dos Bancários de Sergipe.

Para CTB-SE, a mulher brasileira precisa ter uma participação mais direta nos Poderes Legislativo Estadual e Municipal para, efetivamente, ter uma inferência maior na elaboração das leis. Hoje, há apenas 9,8% de mulheres no Congresso Nacional.

Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB Nacional, considera que de nada adianta ser 51% da população do País, ser 47% da mão de obra ocupada Brasil e não ter o direito de viver uma vida digna, sem violência, em condições de igualdade com os homens.

Pensão

“Nesse momento, por exemplo, o Congresso Nacional tenta minimizar a lei que estabelece os critérios para o pagamento da pensão alimentícia. Pela legislação em vigor, o homem que não paga a pensão é detido. Agora, os parlamentares querem que eles paguem penas alternativas”, comenta.

Segundo Ivânia, os homens precisam ter a compreensão de que quando o casamento não dá certo, eles se separam da mulher e não dos filhos, e as crianças necessitam ser sustentadas pelos pais até a idade adulta. Nesse aspecto, a sociedade chega a ser cruel com a mulher.

“Se ela cobra a pensão alimentícia, é criticada com o argumento de que quer ser sustentada pelo ex-marido. Quando abre mão da guarda dos filhos para o pai, por não poder criá-los, também é criticada. É acusada de não querer assumir a educação deles para curtir a vida”, comenta.

Creche

Nesse Dia Internacional da Mulher, a CTB cobrará ainda a construção de mais creches públicas para as crianças. Isso porque, sem creche, as mulheres ficam impedidas de trabalhar. “Elas acabam contratando outra mulher para cuidar deles, pagando um salário baixo, precarizando ainda mais a mão de obra feminina, ou transformam suas mães e avós em babás. Se houvesse mais creches, isso não aconteceria”, diz Ivânia.

A data servirá ainda para denunciar a violência praticada pela mulher e combater a terceirização da mão de obra. Para a secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, esse tipo de atividade que remunera mal os trabalhadores, enquanto as empresas prestadoras de serviço acumulam riqueza.

Por Niúra Belfort – CTB-SE

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