Baianas protestam no 8 de Março contra a violência e a discriminação

A praia do Porto da Barra, na Orla de Salvador, amanheceu de uma forma diferente neste sábado, 8 de março. Ao invés de banhistas, parte da areia foi tomada por cruzes de madeira, representando mulheres mortas vítimas da violência doméstica na Bahia. O ato foi organizado pela UBM – União Brasileira de Mulheres e chamou à atenção dos frequentadores do local, que foram convocados a refletir sobre a necessidade de coibir este tipo de violência.

O protesto durou toda a manhã e contou também com a distribuição de panfletos e o uso do carro de som. “Escolhemos o Porto da Barra, por ser uma das praias mais bonitas do país e um lugar muito frequentado por baianos turistas, tornando-se assim um excelente local para fazer esta instalação e chamar a atenção sobre a necessidade de combater todas as formas de violência. A UBM quer dialogar com a sociedade e mostrar que o 8 de Março não é apenas um dia de celebração, mas também um dia de protestar e cobrar mais respeito e direitos para a mulher”, disse a coordenadora geral da UBM na Bahia, Daniele Costa.

A luta por igualdade de direitos também foi ressaltada pela secretária da Mulher da CTB Bahia, Marilene Betros, que lembrou da disparidade de representação feminina nos espaços de poder, mesmo com o fato das mulheres serem a maioria da população e do eleitorado no país. Ela reforçou a necessidade de mobilização das mulheres para mudar esta situação, como forma de avançar na conquista de igualdade de oportunidade no país. “Não podemos aceitar nenhuma forma de discriminação ou exclusão, temos que lutar por nosso direito de representação em todos os espaços da sociedade”, acrescentou Marilene.

O evento contou com a participação de diversas entidades do movimento social e sindical, com mulheres de diversos segmentos da sociedade se revezando ao microfone para pedir o fim da violência. “A luta contra a discriminação e a violência não é apenas do movimento de mulheres, do movimento social ou das vítimas da violência e suas famílias. Esta deve ser uma luta de toda a sociedade. Temos que luta contra o silêncio que a sociedade adota em relação ao problema da violência doméstica e também contra esta cultura machista de excluir as mulheres”, afirmou a vice-presidente da CTB Bahia, Rosa de Souza.

Fonte: CTB Bahia

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