Bancários da Bahia e Sergipe discutem saúde, jornada e condições de trabalho com o Itaú

Os representantes das entidades sindicais e da diretoria de Relações Sindicais do Itaú se reuniram nesta segunda-feira, dia 24, para discutir vários problemas enfrentados pelos funcionários do banco. O encontro aconteceu no auditório do Sindicato da Bahia, em Salvador. Na pauta, sobrecarga de jornada de trabalho, contratação, postura autoritária de gestores, saúde e condições de trabalho e plano de saúde.

Participaram da reunião Marco Aurélio, superintendente de Relações de Trabalho do Itaú; Romualdo Garbos, superintendente de Relações Sindicais; Luiz Padilha, gerente de Relações Sindicais; Hermelino Neto, diretor da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb); e representantes dos sindicatos dos bancários da Bahia, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itabuna, Camaçari, Juazeiro e Jacobina.

Sobrecarga de jornada de trabalho

Durante o encontro foi denunciado pelos dirigentes sindicais que alguns funcionários têm trabalhado até 11 horas diárias, contribuindo para o aumento do número de afastamentos por doenças. Com o agravante que alguns batem o ponto e continuam trabalhando. Criticaram ainda a política de horário estendido e as agências do banco nos shoppings, que agrava a exploração.

Além disso, o quadro reduzido de trabalhadores, principalmente, na área operacional, tem gerado confusão nas agências com briga entre clientes e agressão verbal aos funcionários, levando os bancários ao estresse e a tomarem remédio tarja preta. Assim, foi discutida a necessidade de novas contratações.

Postura autoritária de gestores

As entidades sindicais denunciaram também a postura autoritária, arrogante e ameaçadora de gestores que não valorizam e respeitam os funcionários, expondo-os ao ridículo diante de colegas, demonstrando despreparo para ocuparem os cargos dentro da empresa. Um exemplo disso é a ameaça de gestores em reuniões de que “pra segurar a cadeira, tem que dar resultados”.

Saúde e condições de trabalho

Os sindicatos reclamaram do total desrespeito com os portadores de LER/DORT, que são transferidos para outras cidades para substituirem funcionários ou fazem rodízios nas agências. Exigiram também a instalação de novos equipamentos no ambiente de trabalho, como os aparelhos de ar-condicionado, que frequentemente quebram e tornam as unidades do banco “um verdadeiro inferno”. Sobre o plano de saúde, solicitaram uma nova reunião para tratar exclusivamente do assunto.

Avaliação

 Os representantes do Itaú se comprometeram a encaminhar as denúncias para os respectivos setores do banco e dar uma resposta posteriormente. Anunciaram o pagamento da parcela da PCR no valor de R$ 2.080,00, que será paga juntamente com a PLR. “A reunião foi produtiva e esperamos que os vários problemas tratados tenham uma resposta positiva por parte do banco”, avaliou Hermelino Neto.

Fonte: Feeb

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