FSM emite declaração sobre o 1º de Maio

A Federação Sindical Mundial (FSM), entidade à qual a CTB é filiada, emitiu uma nota na qual convoca toda a classe trabalhadora a levantar suas bandeiras de luta por conta das celebrações do 1º de Maio. Confira abaixo a íntegra do documento:

Alto ao desemprego! Organizar e lutar por trabalho e vida digna para todos!

A FSM emite uma saudação combativa, classista e internacionalista a seus quase 90 milhões de trabalhadores afiliados, em mais de 120 países do mundo, ao movimento sindical classista, a cada trabalhador e trabalhadora em todo o planeta e faz um chamado para honrar este dia com greves, eventos combativos e protestos.

Este 1º de Maio encontra a classe trabalhadora sob condições muito perigosas. A receita de todos os governos capitalistas e dos mecanismos imperialistas (FMI, Banco Mundial, União Europeia, etc.) para uma “saída da crise” é a mesma em cada país: cortes de salários e pensões, eliminações de direitos sociais, desemprego. Ao mesmo tempo, as contradições dentro do sistema capitalista, como vemos atualmente na Ucrânia, geram uma situação cada vez mais perigosa para os trabalhadores e produzem novos riscos.

Atualmente, na Organização Internacional do Trabalho (OIT), os patrões e os governos capitalistas querem eliminar o direito de greve. Por isso querem eliminar o direito de greve da Convenção 87 da OIT. O direito de greve não “foi cedido” aos trabalhadores por nenhum governo ou organismo internacional. Foi um direito conquistado através de lutas operárias muito duras e somente seguirá existindo com a luta dos trabalhadores. A FSM chama o movimento sindical classista a organizar manifestações massivas e combativas para defendê-lo.

O desemprego, em nível internacional, ataca sem piedade a classe trabalhadora e seus filhos e filhas; se converte em um palanque para aumentar a exploração, especialmente das mulheres e jovens dos setores populares. Neste 1º de Maio, a FSM chama a classe trabalhadora internacional a lutar contra o fenômeno do desemprego: organizar os desempregados nos sindicatos, lutar pela sobrevivência, por prestações sociais para os que não têm emprego e pelo direito a um trabalho fixo e estável para todos, bem como lutar contra o desemprego e os fatores que o geram.

Façamos deste 1º de Maio um ponto de partida para a preparação do Dia Internacional de Ação da FSM, em 3 de Outubro de 2014, cuja temática central é a luta contra o desemprego. Porque o desemprego é um fenômeno inerente ao sistema capitalista.

Trabalhadores e trabalhadoras do mundo,

Não há nenhuma razão para que nossa classe trabalhadora viva na pobreza, desemprego, fome, guerras imperialistas ou careça de saúde e educação públicas e gratuitas. A FSM chama a todos a se unirem sob nossas bandeiras e organizar greves, marchas, eventos combativos para defender o direito de greve, lutar pelo trabalho estável, por liberdade sindical e por direitos sociais.
O futuro da classe trabalhadora não pode ser a exploração e a barbárie capitalista. A FSM, para este 1º de Maio e para todos os dias do ano, faz um chamado a todos os trabalhadores, com base no lema principal do “Pacto de Atenas”, nosso documento político e sindical, aprovado no 16º Congresso Sindical Mundial, em 2011:

“Trabalhadores levantemo-nos
contra a barbárie capitalista,
por justiça social
e por um mundo sem exploração.”

O Secretariado da FSM

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