Sem acordo, greve de ferroviários franceses entra no 6° dia

A greve dos ferroviários contra a reforma do setor, projetada pelo governo do primeiro-ministro Manuel Vals,  entra no sexto dia. nesta segunda-feira (16) a tensão foi máxima, pois é dia de vestibular e 40 mil candidatos tiveram que utilizar os transportes públicos para fazer seus exames.

Os trabalhadores enfrentam a instransigência do governo, que se nega a negociar. Nesta manhã, o primeiro-ministro Manuel Vals reafirmou que não vai ceder.

O governo quer unir as duas estatais ferroviárias do país – SNCF e RFF – a fim de estabilizar a dívida do setor – cerca de €44 bilhões de euros, R$130 bilhões -, soma colossal que pode dobrar nos próximos dez anos, se nada for feito. Em seguida, a ideia é preparar a abertura total à concorrência imposta pela Comissão Europeia a partir de 2019. O projeto vai ser examinado pela Assembleia Nacional no dia 17 de junho.

Os sindicalistas rejeitam a proposta do governo porque não acreditam que a fusão das duas empresas vá resolver o problema e entendem que é o Estado que deve arcar com a dívida. Além de dizer não à união, eles exigem a “reumanização das estações”, um conceito que ainda não foi totalmente compreendido, inclusive por muitos grevistas,  e a mutualização dos meios humanos e materiais a serviço de todas as funções.

Quanto ao prejuízo, o presidente da SNCF, Gillaume Pepy, calculou que até agora a greve custou €80 milhões, R$240 milhões.

Portal CTB com agências

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