A mobilização dos trabalhadores da Fras-le de Caxias do Sul (RS), iniciada na tarde da última quarta-feira (06), em prol de um valor mais justo no Programa de Participação dos Resultados prossegue.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias, por meio do seu setor jurídico, marcou no Ministério do Trabalho e Emprego uma reunião de conciliação para resolver o impasse, já que em outras quatro realizadas diretamente com a empresa não houve evolução. Além de buscar um valor mais justo para o PPR desse ano, a entidade vai negociar as horas paralisadas durante o encontro no MTE, marcado para as 10h de segunda-feira.
“Enquanto não conquistarmos avanços na distribuição e igualdade no valor do PPR, vamos continuar a paralisação” anunciou o presidente em exercício do Sindicato, Luis Carlos Ferreira, o Luizão, durante assembleia na porta da fábrica na manhã desta sexta-feira, 08, a decisão votada em assembleias realizadas nos outros 2 turnos da empresa, que reúne a grande maioria dos trabalhadores.
Historicamente, a Fras-le paga o pior PPR das empresas do Grupo Randon
Enquanto as outras empresas da Randon pagam valores de mais de R$ 1.000,00, os praticados pela Fras-le variam entre R$ 578,00 para o trabalhador que ganha até R$ 1.000 e R$ 859,00, para quem ganha salário de R$ 3.000.
No primeiro semestre deste ano, a Fras-le obteve uma receita bruta de R$ 514 milhões, um aumento de 9,7% em comparação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida consolidada foi de R$ 379 milhões, aumento de 9,9%. “Os trabalhadores merecem uma participação nos lucros mais justa e, por isso, não vamos ceder à pressão. Temos o direito de nos manifestar”, destacou Luizão.
Durante os dias de paralisação, o Sindicato providenciou transporte para todos os trabalhadores retornarem para suas casa.
Foto: Marcele Brusa Maciel