Desinteresse patronal trava negociações com metalúrgicos no Sul

Na terceira rodada de negociação do dissídio dos metalúrgicos de Carlos Barbosa, em Caxias do Sul (RS), o Sindicato se deparou mais uma vez com a intransigência dos patrões.

Na sexta-feira (12), na terceira rodada de negociação do dissídio dos metalúrgicos de Carlos Barbosa, o Sindicato se deparou mais uma vez com a intransigência dos patrões. Sabendo da expectativa dos trabalhadores com a Campanha Salarial, o sindicato sentou junto aos representantes do Simecs, em Caxias do Sul, e apresentou uma flexibilização no índice do reajuste salarial para 9,5%, ou seja, um ganho real de um pouco mais de 3% (inflação de 6,33%).Também, o sindicato discutiu sobre uma flexibilização do piso mínimo, de R$ 1.500,00 para R$ 1.100,00, a liberação dos pais (pai e mãe), para acompanhar os filhos para consultas médicas e hospitalização de crianças até 5 anos de até 5 dias, sendo que hoje a liberação é para crianças até 3 anos com 2 dias pagos pela empresa, e o pagamento de 100% a partir da primeira hora extra.

Conforme o presidente Todson Marcelo Andrade, a entidade adotou essa medida porque acredita que a situação favorável das empresas de Carlos Barbosa dá vazão para que se chegue a um bom acordo. No entanto, aguardando o posicionamento do Simecs, acreditando que a patronal viria com uma proposta concreta para que a negociação pudesse avançar, o presidente, demais representantes da entidade presentes e o advogado foram surpreendidos quando o Simecs não tinha nenhuma proposta a oferecer, mesmo após a direção tomar conhecimento que o Simecs distribuiu cartazes nas empresas afirmando querer fechar a negociação ainda em setembro. A direção do sindicato acredita no diálogo e quer o melhor para os trabalhadores. Os patrões estão sendo contraditórios, dizendo querer fechar o dissídio ainda em setembro, mas não evoluíram na proposta.

Outra discussão levada à mesa é sobre o posicionamento das empresas em relação as horas na paralisação dos trabalhadores. A direção da entidade reafirma que as horas serão negociadas na mesa, e não aceitarão posições unilaterais das empresas. É um direito do trabalhador de se manifestar, e as horas paradas serão negociadas na mesa, como sempre foi feito em anos anteriores.

A próxima rodada de negociação não tem data definida, ficando acertado apenas que será realizada esta semana. “Esperamos que a patronal esteja disposta, assim como o sindicato, em dialogar sobre o melhor para os trabalhadores. Não queremos apenas mais uma reunião de protocolo, sem evolução. Não vamos abrir mão de um reajuste digno, e dizemos não ao parcelamento”, destacou Todson. Estiveram presentes à reunião, além do presidente, o vice-presidente da entidade Vanderlei Werner, o tesoureiro Volnei da Cruz, diretor sindical Dirceu Luiz Deconti e a assessoria jurídica Pita Machado, com o advogado João Ritzel Remédios.

Fonte: Portal dos Metalúrgicos de Carlos Barbosa

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