Milhares saem às ruas de Barcelona para pedir eleições

Milhares de catalães foram às ruas do centro de Barcelona, no último domingo (19), para pedir eleições regionais antecipadas, de acordo com o site do jornal espanhol “El País”.

A Assembleia Nacional de Catalunha anunciou, na praça de Catalunha, seu apoio ao plebiscito sobre a independência defendido pelo presidente do governo de Catalunha, Artur Mas, desde que sejam convocadas eleições.

“Presidente, convoque as eleições, queremos votar nos próximos três meses. Queremos iniciar a primavera de 2015 com um novo Parlamento constituído”, afirmou o porta-voz da ANC, Carm Forcadell, a dezenas de milhares de pessoas.

Pressão das massas

Citando informações da polícia municipal, o “El País” informa que pelo menos 110 mil pessoas compareceram para manifestar o desejo das eleições, agitando bandeiras pró-independência. O referendo sobre a independência da Catalunha, agendado para o dia 9 de novembro, foi declarado ilegal por Madri.

No entanto, Mas disse que a consulta não se celebrará conforme o decreto inicial assinado por ele, em consequência do recurso, mas por “participação cidadã”, uma competência prevista na legislação vigente para o governo regional, permitindo convocar a população catalã a votar.

Volta das eleições

Forcadell reconheceu não gostar da solução da consulta não definitiva, mas também não gostava da data que tinha sido escolhida para o referendo, nem da pergunta a que se tinha chegado por acordo com todos os partidos. Apesar de tudo, está disposta a participar na consulta simbólica que Mas propõe: “Vamos transformá-lo num ato maciço, para que o mundo saiba que o Estado espanhol não nos deixa votar. Queremos que o referendo seja como uma primeira volta das eleições plebiscitárias”, disse.

Muriel Casals, presidente de uma outra associação, a Ômnium Cultural – de origem mais antiga e que no início tinha como objetivo a defesa da língua, e hoje se destaca também na luta pela independência – sintetizou seu discurso em três palavras: unidade, urnas e independência.

Fonte: O Tempo 

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