O dia do comerciário nos remete a uma história de lutas de uma das categorias mais antigas e numerosas do Brasil, mas que ainda não é reconhecida pelo seu trabalho e dedicação a serviço da sociedade e do desenvolvimento do país. Esta data marca os comerciários como os precursores da luta dos trabalhadores na conquista da jornada de trabalho de oito horas diárias e do repouso aos domingos e feriados.
Neste dia, a Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do RS, cumprimenta a todos esses valorosos profissionais que recebem a população com tanta atenção e carinho, contribuindo para a auto estima e o bom atendimento do consumidor.
Profissionais que na maioria das vezes esquecem as suas dificuldades pessoais, como a baixa remuneração e em muitos casos, ainda, precárias condições de trabalho, constituindo-se como parte fundamental da roda que a faz a economia girar.
Completamos 83 anos, daquele 29 de outubro de 1932 quando os comerciários aglomeraram-se no Largo da Carioca, no Rio de Janeiro, e marcharam em direção ao Palácio do Catete, com quase 5 mil, pessoas para exigir um trabalho mais digno e humanizado.
O presidente Getúlio Vargas os recebeu e nesse mesmo dia assinou o Decreto Lei n°4.042, de 29 de outubro de 1932, que acabava com a carga horária de 12 horas diárias, para 8 horas e instituía o repouso semanal remunerado aos domingos.
O decreto-lei foi publicado no Diário Oficial do dia 30 de outubro de 1932, e assim marcado está data como o “Dia do Comerciário”.
O espírito de luta e a determinação daqueles companheiros comerciários, que foram os precursores de um movimento contra as precárias condições de trabalho, nos inspiram, até hoje, através de gerações, renovando a disposição de luta dos trabalhadores comerciários neste conturbado momento político de nosso pais, onde vimos as elites dominantes mais uma vez tentando golpear a democracia, impondo uma agenda conservadora que tem como centro a desconstrução da CF/88 e a flexibilização dos direitos trabalhistas.
Renovamos, neste 30 de outubro, a nossa disposição de luta em defesa da democracia, do desenvolvimento e da valorização da profissão com mais qualificação, melhores salários e condições de trabalho.
Por Guiomar Vidor- Presidente da Fecosul