Com manobra, Câmara aprova urgência para reforma

Em 24 horas, o Plenário da Câmara votou duas vezes a urgência do Projeto de Lei da Reforma Trabalhista.

Após importante vitória dos trabalhadores e a derrota da base governista, o pedido urgência do Projeto de Lei 6787/16 foi rejeitada por falta de votos. Perdendo a votação o presidente da Câmara – Rodrigo Maia (DEM-RJ) colocou em votação novamente o pedido, repetindo as manobras de seu antecessor – Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e aprovou a urgência.
 
Dessa forma, o projeto tem seus prazos encurtados e não será possível pedir vista ou emendar o texto na comissão especial que analisa o substitutivo do relator deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). Adiando a votação do projeto que retira os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras para a próxima quarta (25) na Comissão e na quinta (26) no Plenário.
 
Essa ação demonstra, mais uma vez, que o governo quer votar a proposta sem o debate e o apoio da sociedade e impondo esse projeto que retira direitos.
 
Querem acabar com direitos conquistados há mais de 70 anos, desmontar a CLT, precarizar ainda mais as condições de trabalho e enfraquecer os sindicatos. Isso em conjunto com o projeto de Terceirização para todas as funções já aprovado na casa e a proposta da Reforma da Previdência.
 
O substitutivo apresentado pelo relator da Reforma Trabalhista, Rogério Marinho (PSDB-RN), é um grande desrespeito aos trabalhadores e trabalhadoras, retirando nossos direitos e liberando a exploração.
 
Precisamos mobilizar os trabalhadores e trabalhadoras em defesa dos direitos. Só a mobilização nos locais de trabalho e nas ruas que podem barrar o conjunto de retrocessos colocado pelo governo golpista.
 
Estarei, continuamente, na Câmara dos Deputados lutando pelos nossos direitos e pelo nosso povo e denunciando as manobras da base governista. Estaremos nas ruas no dia 28 contra todos os retrocessos impostos a nós.
 

Assis Melo, deputado federal PCdoB-RS

*título original: Com manobra, base governista aprova urgência da reforma trabalhista que retira direitos

Foto: Sindicato dos Metalúrgicos de Carlos Barbosa

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