Manifesto em defesa da população e do serviço público recolhe assinaturas

A Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) repudia a Reforma Administrativa em curso por iniciativa do atual governo que tem como objetivo privatizar o serviço público. De acordo com a CTB, é necessário combater os ataques aos trabalhadores e trabalhadoras públicos, defender investimentos para que a população brasileira, especialmente a mais carente, tenho acesso a direitos básicos como saúde e educação.

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Manifesto em defesa da população e dos que atendem suas necessidades nos serviços públicos

Frente Parlamentar Mista do Serviço Público, ao mesmo tempo em que acompanhou as manifestações pela passagem do Dia do Servidor Público no último dia 28 de outubro, onde o registro da data serviu, não só para exaltar o servidor, a importância de seu trabalho, muitas vezes sob condições adversas, mas também para defender o serviço público, seu resgate e necessidade de investimento, enquanto necessário e fundamental para a população brasileira, em especial a parcela mais carente e necessitada, mas também para destacar os cada vez mais explícitos ataques dos atuais governantes ao serviço e aos servidores públicos. Não podem ser esquecidos o decreto presidencial, revogado poucos dias após grande pressão da sociedade, editado na véspera do dia do servidor público, propondo entregar as Unidades Básicas de Saúde, as UBSs e Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs à iniciativa privada, materializando a privatização de setores fundamentais da administração pública, nem a divulgação de um pseudo estudo, com dados comprovadamente manipulados, pela Confederação Nacional da Indústria-CNI, que é parte da campanha criada por instituições neoliberais com o apoio da imprensa tradicional e do grande empresariado, objetivando desacreditar cada vez mais o serviço público perante a população.

Seguiremos lutando contra todas as ações, sejam de grandes grupos privados ou de governantes e parlamentares que os apoiam na busca do lucro das empresas privadas que, mesmo que signifique ver a população desassistida e sem acesso ao que é seu por direito conquistado, querem explorar serviços que são direitos do povo e obrigação do Estado. Seguiremos desmentindo cada falsa acusação aos servidores e ao serviço público.

Diante de todos os ataques vimos chamar toda a sociedade à luta em defesa das pessoas e instituições que são a materialização dos direitos sociais garantidos até aqui pela Constituição Federal, a saber, educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância, assistência aos desamparados, além de outras tantas atividades do serviço público fundamentais ao povo brasileiro, como o correto funcionamento das áreas de arrecadação, controle, fiscalização, pesquisa, meio ambiente e dos Poderes Judiciário e Legislativo.

Pelo exposto, temos a certeza do quanto é justo, importante e necessária a luta contra mais uma reforma de um governo que pouco se importa com a população, seu bem estar, sua educação, moradia, alimentação, sua saúde e até suas vidas. Não podemos deixar vingar a chamada reforma administrativa e seus males, que, se aprovada, deixará órgãos importantes fechados ou funcionando mal, com milhões de pessoas desassistidas e milhões de trabalhadores dos serviços públicos sujeitos a desmandos e perseguições políticas, que poderão substituir os bons profissionais por apadrinhados, muitas vezes sem a devida qualificação, servindo apenas a interesses pessoais ou de grupos políticos e empresariais.

Na luta em defesa do serviço público e dos servidores e rechaçando todos os ataques, NÃO À REFORMA ADMINISTRATIVA!

Brasília (DF), 19 de novembro de 2020.

Frente Parlamentar Mista do Serviço Público –  Criada em 2007,  atualmente sob coordenação dos deputados Alice Portugal (PCdoB/BA) e Danilo Cabral (PSB/PE) e dos senadores Paulo Paim (PT/RS) e Zenaide Maia (PROS-RN) em parceria com entidades representativas da sociedade civil, atua em prol do fortalecimento do serviço público e da preservação dos direitos dos servidores.