Em repúdio ao genocídio contra os palestinos na Faixa de Gaza, Colômbia pode romper relações com Israel

“Não apoiamos genocídios”, afirmou o presidente colombiano, Gustavo Petro, ao anunciar a possibilidade de suspensão das relações diplomáticas do país latino-americano com o governo de Israel, que está mergulhando o Oriente Médio na barbárie e ameaça dizimar o povo palestino.

Petro não tem poupado críticas ao que dirigentes da ONU já caracterizaram como crime de guerra que está sendo perpetrado na Faixa de Gaza. Ele comentou que a conduta política do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, é semelhante à dos nazistas em relação a judeus e comunistas durante a Segunda Guerra Mundial.

O Estado terrorista de Israel naturalmente não gostou da comparação e a embaixada da Colômbia no país foi convocada para ouvir uma crítica às palavras do presidente colombiano, que em resposta disse que relações diplomáticas com o governo sionista podem ser suspensas.

Milhares de palestinos já morreram em consequência dos bombardeios realizados por Israel, o número de feridos ultrapassa 10 mil e o sistema hospitalar de Gaza entrou em colapso por falta de remédios, energia e equipamentos. Cúmplices do crime de guerra, os EUA estão apoiando Netanyahu, líder da extrema direita sionista.

Gustavo Petro também fez um apelo aos líderes políticos latino-americanos por solidariedade. Veja a mensagem que ele postou domingo (15)no Twitter:

Se tivermos de suspender as relações externas com Israel, nós as suspendemos. Não apoiamos genocídios.

O presidente da Colômbia não se sente insultado.

Apelo à América Latina para que demonstre verdadeira solidariedade com a Colômbia. E se não for capaz, será o desenvolvimento da história que dirá a última palavra, como na grande guerra do Chaco.

Nem o Yair Klein nem o Raifal Eithan poderão dizer qual é a história da paz na Colômbia. Eles desencadearam o massacre e o genocídio na Colômbia.

Do povo de Israel exijo ajuda para a paz da Colômbia e ajuda para a paz da Palestina e do mundo.

A Colômbia, como nos ensinaram Bolívar e Nariño, é um povo soberano e independente.

Algum dia o exército e o governo de Israel irão pedir-nos perdão pelo que os seus homens fizeram na nossa terra, desencadeando o genocídio. Eu os abraçarei e eles chorarão pelo assassinato de Auschwitz e de Gaza, e pelo Auschwitz colombiano.