Estadia na embaixada da Hungria deixa Bolsonaro a um passo da Papuda

Nesta segunda-feira (25), o Itamaraty convocou o embaixador húngaro no Brasil, Miklós Halmai, para explicar a misteriosa estadia de Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria em Brasília.

O fato foi revelado pelo jornal estadunidense The New York Times. O ex-presidente refugiou-se por dois dias, entre 12 e 14 de fevereiro, na embaixada. Quatro dias antes, o passaporte do político neofascista foi confiscado no âmbito das investigações sobre a empreitada golpista que culminou no fatídico 8 de Janeiro de 2023 com a vandalização das sedes dos três poderes da República.

Bolsonaro não teve como negar a veracidade da notícia. Procurou justificar, através de nota, o bizarro recolhimento, mantido sob sigilo até o vazamento para o New York Times, alegando que o objetivo foi discutir política, uma desculpa considerada “risível e patética” pela Polícia Federal.

Para os investigadores, a justificativa equivale a uma confissão de culpa sobre o sentido real do gesto, que foi o de explorar possibilidades de fuga na hipótese de um pedido de prisão no inquérito sobre a trama golpista.

Vídeos do sistema de segurança da embaixada, publicados esta segunda-feira pelo jornal norte-americano, mostram que Bolsonaro esteve na embaixada acompanhado por dois seguranças e com a presença de membros da missão diplomática.

A Polícia Federal vai apurar se o líder da extrema direita tinha a intenção de fugir ou pelo menos evitar a prisão. No dia 14 de fevereiro, ele deixou o local.

Um funcionário anônimo da Embaixada da Hungria confirmou ao jornal dos EUA o plano de receber Bolsonaro.

“A permanência na embaixada sugere que o ex-presidente procurou aproveitar sua amizade com outro líder de extrema direita, o primeiro-ministro Viktor Orbán, da Hungria, na tentativa de escapar do sistema de justiça brasileiro enquanto enfrentava investigações criminais em seu país”, afirmou o Times.

Inúmeros juristas entendem que a tentativa de fuga empreendida pelo ex-presidente sugere a necessidade de sua prisão preventiva.

O ministro do STF, Alexandre Moraes, deu a Bolsonaro um prazo de 48 horas para explicar as razões de sua permanência por dois dias na embaixada da Hungria em Brasília.

O estranho acontecimento demonstra o crescente desespero do Jair com a aproximação da hora de sua prisão. Ele anda perturbado pela consciência de que cometeu muitos crimes contra o povo brasileiro e vive notoriamente apavorado com a possibilidade de que tenha de pagar por eles.

Como notou o presidente Lula, o mito do neofascismo nativo é um baita covarde, que terá por justo e merecido destino a Papuda.

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