Centrais Sindicais de São Paulo se reúnem com a Superintendência do Trabalho para pleitear reforços na auditoria fiscal

Foto: divulgação.

Na última quinta-feira (25), as centrais sindicais de São Paulo reuniram-se com a Superintendência do Trabalho do estado para discutir uma questão premente: o déficit de auditores fiscais. Com o estado representando uma fatia significativa de 32% do PIB industrial nacional, a necessidade de aumentar o contingente de auditores fiscais tornou-se evidente.

O cerne da reunião foi o anúncio do concurso público para a contratação de 900 novos auditores fiscais. Contudo, para desalento das centrais sindicais presentes, apenas 294 vagas foram alocadas para São Paulo, uma quantidade que mal arranha a superfície da demanda existente.

“É uma disparidade que não podemos ignorar”, ressaltou Rêne Vicente, presidente da CTB-SP. “O mínimo que pleiteamos é uma proporcionalidade justa, onde o número de auditores fiscais contratados corresponda ao peso econômico do estado em relação ao PIB industrial nacional”.

A urgência desse pedido é fundamentada em dados concretos: em média, cada auditor fiscal realiza apenas 70 fiscalizações por ano. Contrastando com a realidade de São Paulo, que em 2023 registrou mais de 19 mil denúncias à Secretaria Regional do Trabalho e Emprego, torna-se evidente a sobrecarga e a insuficiência do atual contingente de fiscais.

Para endossar suas demandas, as centrais sindicais planejam redigir uma carta conjunta a ser enviada à Secretaria de Inspeção do Trabalho, responsável pelo planejamento dos auditores fiscais em todo o país. O objetivo é claro: pleitear um aumento significativo no número de auditores em São Paulo, alinhado com as necessidades reais do estado.

“A proposta é encaminhar um documento unificado das centrais de São Paulo para o governo federal, delineando nossa necessidade mínima de 364 auditores fiscais”, afirmou Vicente. “Este número não é arbitrário, é o mínimo necessário para cobrir a demanda e garantir a fiscalização efetiva e justa das relações trabalhistas no estado”.

Com isso, as centrais sindicais de São Paulo almejam não apenas um aumento quantitativo, mas também uma mudança estrutural que reflita a importância e a complexidade do mercado de trabalho no maior polo industrial do país.

 

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.