Seminário da CTB e Hora do Povo debaterá Nova Política Industrial para o desenvolvimento do Brasil

Foto: CTB.

No dia 11 de junho, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) em parceira com o jornal “Hora do Povo”, realizará o seminário: Nova Política Industrial a Serviço do Desenvolvimento do Brasil, de forma presencial na Casa da Classe Trabalhadora localizada na rua Cardoso de Almeida 1843, Bairro Sumaré – São Paulo-SP e On-line (inscreva-se), das 16h às 18h. O evento reunirá representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) e Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal).

O encontro tem por objetivo debater os desafios de uma Nova Política Industrial a serviço de uma estratégia nacional de desenvolvimento. Trata-de da Nova Industria Brasil (NIB), programa lançado pelo Governo Federal em 21 de janeiro deste ano.

Recuperar o protagonismo do nacional desenvolvimentismo

“O foco desse encontro é aprofundar o debate acerca da necessidade imperativa da reindustrialização da nossa economia. O Brasil teve um ciclo virtuoso de crescimento importante dado a pujança do denominado nacional desenvolvimentismo. Recuperamos essa política que se esvaiu ao final da década de 80, e recuperamos o protagonismo com o curso do novo projeto nacional de desenvolvimento liderado pelo presidente Lula a partir de 2003, que voltou com maior atenção para a política de conteúdo nacional, protagonismo que aqueceu em vários setores da indústria. Avançamos também com o alcance da nossa autosuficiência na exploração do petróleo, com a abertura de novos estaleiros e aquisição de novas plataformas, isso tudo motivou e é nesse contexto de investimento e infraestrutura nacional que o Brasil encerrou o ano de 2014 com uma das menores taxas de desemprego do mundo. O abandono dessa política colocou o país em uma certa rendição, o Brasil abriu as portas para a exploração de empresas estrangeiras e isso, de alguma forma, diminuiu nossa competitividade e reteve a produção industrial”, disse Adilson Araújo, presidente da CTB.

Objetivos da Nova Indústria Brasileira

“O que pretendemos com a nova indústria brasileira é que a indústria nacional encontre seu espaço nas cadeias globais de valor, tenha atenção à essa necessidade em investir em ciência, tecnologia, inovação e logística, porque isso irá resultar em uma capacidade de desenvolver de forma célere as forças produtivas. A pandemia revelou muitas insuficiências, e a atitude do presidente Lula em denominar essa nova etapa de neoindustrialização pressupõe que nós temos que objetivar um complexo industrial econômico da saúde diante de todas as insuficiências que a pandemia decantou. É necessário que a gente retome com impulso a capacidade produtiva da Petrobras e que o Brasil não seja a repetição da Kodak, que perdeu a oportunidade de avançar o seu negócio fechando os olhos para o avanço tecnológico. O mundo reflete os impactos e as repercussões da crise climática, a bola da vez é a economia verde, energias limpas e de baixo carbono.  A economia verde é a oportunidade de enfrentar a crise climática, gerar oportunidades e sobretudo reduzir a emissão de carbono. O Brasil sem sombra de dúvidas é um grande centro gravitacional e um polo de desenvolvimento fundamental para os desafios do século 21. Esse seminário acontece em um momento muito oportuno, ele é a sinalização de que vamos ter uma grande aliança com o povo, mas também proclamar um pacto entre a produção e o trabalho, que a gente melhore nossa condição industrial, melhore os polos industriais, mas também melhore a qualidade de vida do povo, sobretudo gerando empregos de qualidade que permitam salários e condições de trabalhar dignas”, enfatizou Adilson Araújo.

Retomar a industrialização do Brasil

“O intuito do seminário é fazer um movimento, uma corrente poderosa no sentido de retomar a industrialização do Brasil. O Brasil já foi a sexta economia do mundo e parque industrial, já foi 30% do PIB e hoje é 10%. Então, por que isso acontece? Porque parou de haver investimento. O investimento público puxava o investimento privado, juntos já foram 25% no Brasil, hoje tem 16%. Sem investimento do estado e estímulo da indústria, não temos como crescer. Por que não tem havido investimento? Porque o Brasil está desperdiçando recursos enormes no pagamento de juros da dívida pública, né? Só em 2024 e 2023 foram mais de 700 bilhões. Então, esse recurso que poderiam estar voltados para melhorar as condições de vida do povo e voltados para estimular a indústria, fazer mais compras do estado, melhorar as condições de vida do povo estão sendo jogados fora. A ideia é consolidarmos essa unidade e o Adilson tem tido papel protagonista nesse processo, agora está juntando as outras confederações da indústria e os empresários para haver essa consolidação. Pretendemos tirar um pronunciamento conjunto endereçado a todos os trabalhadores e empresários da indústria do nosso país”, finalizou Carlos Pereira, repórter especial do “Hora do Povo”.

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