O setor portuário brasileiro está em estado de alerta. O Projeto de Lei 733, que propõe mudanças profundas na atual Lei dos Portos, tem causado forte mobilização entre os trabalhadores do setor. A proposta, que já começou a tramitar em regime de urgência na Câmara dos Deputados, é vista como uma grave ameaça às relações de trabalho nos portos públicos e privados do país.
A principal preocupação é com a possível precarização dos vínculos laborais, afetando diretamente os trabalhadores avulsos e também aqueles contratados sob regime CLT. As mudanças propostas no PL 733 podem fragilizar direitos historicamente conquistados e desestruturar a organização do trabalho portuário.
Diante desse cenário, a Federação Nacional dos Estivadores (FNE) realizou uma intensa reunião de dois dias com o seu Conselho Nacional, com foco exclusivo na análise do projeto, suas emendas e articulações políticas. O encontro contou com estudos técnicos, debate sobre os impactos do PL e construção de estratégias para a defesa dos trabalhadores.
Ao final da reunião, os representantes da FNE receberam a notícia da criação de uma Comissão Especial para acelerar a tramitação do PL na Câmara. A partir disso, as três federações que representam os trabalhadores portuários intensificaram sua presença em Brasília para reuniões com a assessoria parlamentar e representantes da Federação Nacional das Operações Portuárias (Fenop), buscando incluir as emendas sugeridas pelos trabalhadores no texto do projeto.
José Adilson, presidente da FNE, reforçou a importância da mobilização e da união da categoria neste momento crítico. “Analisamos toda a conjuntura e apresentamos emendas na Comissão de Trabalho. Agora, com a criação da Comissão Especial, vamos intensificar as articulações. As bases precisam estar atentas, mobilizadas e prontas para assembleias e possíveis paralisações. Estamos prontos para defender o nosso mercado de trabalho com firmeza.”
Ele também destacou que amanhã ocorrerá o último dia de negociação direta com a Fenop, o que pode indicar novos rumos na tentativa de entendimento. “Estamos estudando profundamente o projeto. Precisamos manter o foco, seguir firmes na defesa dos nossos direitos e estar preparados para uma mobilização nacional, se necessário.”
A FNE promete divulgar, nos próximos dias, novas informações sobre a tramitação da Comissão Especial e os próximos passos do movimento sindical portuário. A categoria se mantém em alerta, com a possibilidade concreta de uma paralisação nacional em defesa das conquistas históricas dos trabalhadores dos portos.
Um comentário
Fora aos ditadores de PL733 ,fora ao Sérgio Aquino,Fora ao Arthur Lira,e cartão vermelho aos ministros do TRT desembargadores, juízes e todos empresários ricos e quem estáo fazendo esse embrolio para precarização dos Portuários e nossas famílias que tiramos o sustento dos Portos.