Terminou nesta sexta-feira (16) o 3º Encontro Nacional da Rede CTB, realizado em Belo Horizonte. O evento reuniu dirigentes, comunicadores e militantes de todo o país para debater o papel estratégico da comunicação na luta da classe trabalhadora e no fortalecimento da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.
Comunicação como prioridade
Pela manhã, o presidente da CTB, Adilson Araújo, fez uma fala potente sobre a importância da comunicação na disputa de consciência e na organização popular, destacando o papel central da Rede Colaborativa da central na construção de uma narrativa sindical e popular.
Comunicação popular em foco
A mesa “Perspectiva da Comunicação” contou com a presença de Ana Carolina Vasconcelos (Movimento Brasil Popular / Brasil de Fato MG), que trouxe uma análise crítica sobre o papel da mídia independente na construção de uma comunicação popular, engajada e alinhada com os interesses da classe trabalhadora.
Rede colaborativa e militante
Em seguida, Agatha Azevedo (MST / Jornalistas Livres) conduziu o debate sobre a Rede Colaborativa, abordando os desafios e caminhos para consolidar uma rede de comunicação integrada, democrática e militante entre a CTB e seus aliados. Ela reforçou a importância da articulação permanente entre entidades e comunicadores populares.
Encaminhamentos práticos para os estados
Ainda na abertura, o secretário de Imprensa e Comunicação da CTB, Anderson Guahy, apresentou dois encaminhamentos centrais para fortalecer a atuação da comunicação nos estados:
Mobilização estadual pelo Plebiscito Popular
Cada estado deve buscar os coletivos de comunicação estaduais ligados ao Plebiscito Popular, pauta assumida nacionalmente pela CTB. Esses coletivos já estão sendo criados em quase todos os estados, e são fundamentais para garantir uma comunicação completa — desde materiais impressos e ações de base até redes sociais.
As pautas unificadas da campanha são:
- Fim da jornada 6×1
- Isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil
Cada estado e categoria pode trabalhar essas bandeiras conforme sua realidade local. Um exemplo: categorias que já conquistaram o fim da jornada 6×1 podem dar mais ênfase à isenção, que pode representar até 15% de aumento real no salário. A comunicação nacional fornecerá identidade visual e materiais, mas a aplicação será adaptada pelas bases.
Criação de coletivos estaduais de comunicação
O segundo encaminhamento é a construção de coletivos estaduais de comunicação em parceria com a Frente Brasil Popular, a Frente Povo Sem Medo e o Fórum das Centrais. A experiência nacional — construída ao longo de três anos — mostrou que essa articulação fortalece muito a atuação nos territórios.
Esses coletivos ajudam a identificar e ativar rádios comunitárias, páginas progressistas, influenciadores populares e outras vozes da comunicação popular em cada canto do país — como no Oeste de Santa Catarina, por exemplo, onde a dúvida era por onde começar.
Deliberações finais e próximos passos
O 3º Encontro Nacional da Rede CTB foi encerrado com a aprovação de importantes resoluções políticas:
- A Carta de Belo Horizonte, que consolida os compromissos da Rede de Comunicação da CTB;
- Uma nota de apoio à CONTAG, entidade histórica da luta no campo;
- E uma moção de apoio à luta dos servidores públicos federais.
A CTB reafirma sua aposta na comunicação como ferramenta essencial na luta por direitos, democracia e soberania. Seguimos juntos na construção de uma comunicação popular, militante e transformadora.
Confira as fotos do encontro no flicker da CTB!
