Grupos sociais, sindicais, políticos e humanitários saíram nesta segunda-feira às ruas de Buenos Aires para manifestar apoio ao presidente da Bolívia, Evo Morales, que enfrenta uma grave crise política. Manifestantes da oposição e partidários do governo protestam em conflitos espalhados por toda a Bolívia, que já deixaram ao menos 30 mortos e 45 feridos.
Uma passeata, que reuniu milhares de pessoas, saiu do Obelisco e percorreu cerca de 400 metros até a embaixada boliviana. O protesto foi convocado pela Central de Trabalhadores Argentinos (CTA), com o apoio de organizações humanitárias, sociais e grupos de piqueteiros (pobres e desempregados).
Outra passeata, de grupos de esquerda, marchou do Congresso argentino à Embaixada da Bolívia.
"Denunciamos a tentativa de desestabilização da Bolívia, por trás da qual estão poderosos interesses de grupos de investidores estrangeiros e de oligarquias locais. Há a mão do governo dos Estados Unidos", disse o professor Hugo Yasky, líder da CTA.
Os manifestantes entregaram uma declaração de apoio à embaixadora da Bolívia na Argentina, Leonor Lemaitre.
Em Montevidéu, o Parlamento do Mercosul aprovou hoje também, no primeiro dia de sua 8ª Sessão Plenária, uma proposta de declaração de apoio ao governo de Morales.
O documento declara o "firme apoio ao regime institucional da República da Bolívia, incluindo o reconhecimento das autoridades e instituições eleitas pelo povo boliviano".
da Folha Online Com Efe e France Presse