Jornalistas apresentam provas de violações à liberdade de imprensa

O Centro pela Justiça e Direito Internacional (CEJIL), organização que trabalha na defesa e promoção dos direitos humanos no continente americano, se reunirá hoje (20) em San Pedro Sula, com jornalistas da costa norte que, desde 28 de junho, dia em que se deu o golpe de Estado, são vítimas da repressão por parte do governo de fato.

Produto da brutalidade com que atua o exército e a polícia ao executar a evacuação das manifestações pacíficas, muitos jornalistas em todo o território nacional têm suportado atropelos contra seus direitos humanos.

Detenções arbitrárias, golpes, ameaças, prisões, humilhações e até o confisco e a destruição de equipes e materiais de comunicação fazem parte dos abusos contra a liberdade de imprensa provocados em Honduras pelo governo de fato, encabeçado por Roberto Micheletti.

"Estamos transmitindo ao vivo pela Rádio Progresso e vemos a brutalidade da polícia contra os manifestantes. Dois homens, um da polícia e outro do exército, tratam de maneira depreciativa a bandeira nacional. Um policial atirou uma bomba dentro de uma casa e, neste momento, um elemento está sacando uma arma e está me seguindo, agora são três. Irmão, sou de um meio de comunicação… Neste momento estão tomando meu celular", relatava angustiado Gustavo Cardoza, repórter da Rádio Progresso, que, na sexta (14), transmitia de Choloma Cortes, as incidências da repressão a uma manifestação pacífica realizada contra o golpe de Estado.

A pesar de haver se identificado como repórter da Rádio Progresso, Cardoza foi brutalmente golpeado e detido pela polícia. Se isso ocorre com jornalistas, o que mais estará se passando com aquelas pessoas humildes que, com muito patriotismo, se incorporam ao clamor de todo o povo que luta pelo retorno da ordem constitucional.

As atrocidades cometidas pelos órgãos repressivos do Estado não ocupam espaço nos meios de comunicação nacional, que até hoje continuam se mostrando, de maneira parcial, a favor do regime de fato e mantém no anonimato as violações aos direitos humanos, que, em nome da paz e da democracia, cometem os encargos de manter a ordem pública.

O CEJIL é uma organização não governamental sem fins lucrativos com status consultivo ante a Organização dos Estados Americanos (OEA), a Organização das Nações Unidas (ONU) e com qualidade de observador ante a Comissão Africana de Direitos Humanos.

O objetivo principal do CEJIL é assegurar a plena implementação de normas internacionais de direitos humanos nos Estados membros da Organização dos Estados Americanos (OEA), mediante o uso efetivo do sistema interamericano de direitos humanos e outros mecanismos de proteção internacional.

Fonte: Agência Adital com German Reyes

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